Um bando de ovelhas liderado por um leão faz mais que um bando de leões, liderado por uma ovelha. Porque digo isto? Vejamos o caso do São Paulo esporte club. O que mudou? Não foi a equipe, foi o técnico. Ou seja, a liderança. O futebol pode nos ensinar muito sobre a arte de liderar e construir equipes. Esportes Foi Jean-Luc Goddard, cineasta francês, quem afirmou que o mundo todo “precisa pagar royalties aos gregos a quem devemos a filosofia, o teatro e a democracia”. A cultura grega incluía também a aritmética, a geometria, a música e a astronomia. Os gregos também foram os primeiros a sacar que esportes – que são guerras controladas – unificam a população ajudando a produzir nações. Quando dirigiu a Itália, Benito Mussolini transformou calabreses, sicilianos, dentre outros, em italianos, usando o futebol sobretudo para formar a consciência nacional então ainda inexistente. A poesia épica de Homero – voltando à Grécia – não foi capaz, por si só, de unificar as cidades-estado num país. Como fez Roma, com sucesso. A partir daí, usaram os esportes como complemento. Foi esta a origem e o parto das Olimpíadas, criadas em torno do ano de 776 antes de Cristo. A força do futebol No início da era industrial, a Inglaterra começava a desenvolver seu sistema de produção, e precisava de mecanismos que desenvolvessem naturalmente a disciplina nas pessoas que deixavam de ser artesões autônomos, agricultores e tornavam-se operários com contratos de trabalho. O futebol foi perfeito para aquele momento. Era divertido, tinha regras, tempo determinado, limitação de espaços, forçava os jogadores a produzir dentro de um quadrado, estabelecia a competição que estimulava o crescimento e era orientado para resultados. A Inglaterra se beneficiou tremendamente do futebol como esporte para construir-se como a primeira potência industrial do planeta. Praticamente todas as empresas inglesas tinham um “campinho” nos fundos de suas fábricas para que as pessoas, durante os intervalos, fossem se divertir. Era lazer e treinamento, extravasava e, ao mesmo tempo, treinava a mente no trabalho em equipe, no saber ganhar, no saber perder e no saber vibrar com as conquistas do grupo. Os governantes usaram o futebol para fazer treinamento em massa, de grandes contingentes, de sua mão de obra nacional. Ou seja, o futebol ajudou a construir uma das maiores potências do planeta e a consolidar como nação. O Brasil e o futebol Se nós entendermos o futebol como didática, temos as maiores salas de treinamentos do mundo que são nossos estádios de futebol, na área de desenvolvimento pessoal. Penso ser uma boa época essa nossa, ano de Copa do mundo, para pensarmos nisso. Nota do Editor: Jamil Albuquerque, economista e instrutor Master Mind, é autor do livro “A Arte de Lidar com Pessoas”, co-autor de “A Lei do Triunfo para o Século 21”, “Líder com Mente de Mestre” e “Vivendo e aprendendo a jogar”. A última obra mostra que qualquer pessoa pode desenvolver essas atitudes de sucesso, seja na vida pessoal ou profissional, e alcançar mais rapidamente seus objetivos. Ele é terapeuta comportamental; consultor empresarial; administrador de empresas; pós-graduado em Marketing; especialista em Gerenciamento de Cidades e Psicolinguística formado pela Fundação Napoleon Hill Tecnology (EUA). Nesta fundação, há mais de 15 anos, Jamil também obteve qualificação para ministrar aulas de Oratória, Liderança, Estratégia e Gerenciamento. Diretor da Escola de Executivos e Negócios Master Mind, Jamil participou de uma Recertificação Internacional que aconteceu na Irlanda, oferecida pela Fundação Napolleon Hill Tecnology.
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