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Esportes e Lazer
17/03/2005 - 06h13
O que representa o camisa 10?
Paulo Guilherme
 

Todo garoto sonha um dia vestir a camisa 10 de um grande clube ou da Seleção Brasileira. Nas brincadeiras com os amigos, a briga é para ver quem vai ser o 10 do time, o craque, o dono da bola, aquele capaz de transformar uma simples jogada em encanto e magia. A mística da camisa 10 fica mais intensa quando a brincadeira vira coisa séria, e o garoto se torna um jogador profissional de futebol.

Foi assim com Ronaldinho Gaúcho, que ainda menino dizia que seria o grande craque do país, enquanto acompanhava as jogadas do irmão mais velho, Assis, que era profissional do Grêmio. Ronaldinho cresceu, virou o camisa 10 do Grêmio, foi para a Europa atuar no Paris Saint-Germain, conquistou o título de campeão do mundo com a Seleção Brasileira, chegou ao Barcelona para ser o novo camisa 10 do time e assumiu também este número na Seleção.

Foi assim também com Diego, que se profissionalizou jogando com a mais famosa camisa 10 de um clube, a do Santos. Desde criança Diego sonhava ser o 10 de um grande clube. "É, tinha umas briguinhas com uns amigos para ver quem seria o camisa 10", conta Diego, atualmente jogando no Porto, de Portugal. "Afinal, este número sempre teve essa fama de ser sempre do melhor jogador do time."

Diego suportou e bem a responsabilidade de vestir a famosa camisa 10 do Santos, eternizada por Pelé. O Atleta do Século foi quem deu o pontapé inicial para fazer do 10 o sinônimo do maestro de uma equipe. "Até 1958 não havia esse mito de um determinado número. O surgimento do camisa 10 foi na Copa de 1958 com o menino Pelé, que estava com 17 anos e que já jogava um futebol assombroso e que foi se tornando realidade através do tempo", diz Zagallo, coordenador-técnico da Seleção Brasileira. Segundo Zagallo, a atuação de Pelé na Copa de 1970 marcou definitivamente a camisa 10 como símbolo máximo do futebol-arte.

Depois de Pelé, todo mundo queria ser o camisa 10. "Na minha época de garoto, quem jogava com a camisa 10 era o craque do time. Era o cara que a qualquer momento podia decidir uma partida", destaca o tetracampeão. Bebeto não fazia a função do camisa 10, mas chegou a usar este número jogando pelo Deportivo La Coruña, da Espanha, e pelo Vitória. Mas a camisa que ele guarda com mais carinho é a da Argentina que ganhou das mãos do astro Diego Maradona na Copa América de 1989, quando marcou um golaço de voleio. "O Maradona disse que nunca viu um gol tão bonito e ele me entregou a camisa 10 e eu guardo até hoje."

Seu colega Leonardo, campeão do mundo em 1994 jogando na lateral esquerda, passou a exercer a função de maestro na segunda metade da sua carreira. "Eu acho que a camisa 10 é uma referência, com certeza, até pela posição que quem veste esta camisa ocupa", comenta Leonardo, que é diretor de futebol do Milan, da Itália. "O camisa 10 é capaz de em um clique definir uma jogada ou colocar um companheiro na situação de definir."

Seguindo os passos de Leonardo, o jogador Felipe também deixou a lateral para jogar como meia, trocando a camisa 6 pela 10 no Flamengo e, agora no Fluminense. Felipe admite que a mudança aumentou a sua responsabilidade dentro da equipe. "Normalmente o camisa 10 é o cara mais criativo, é o cara que tem responsabilidade pra fazer as jogadas de efeito, que as pessoas dizem. Se ele não for um líder da equipe, com uma bola no pé ele pode decidir uma partida, pode fazer jogadas bonitas que dêem também um espetáculo pro torcedor", explica o jogador.

"O camisa 10 é a representação máxima da arte do futebol brasileiro", avalia o ex-jogador Sócrates. "Os grandes jogadores do futebol brasileiro, Pelé, Zico, Ademir da Guia, usavam a camisa 10. Ela representa a criatividade, a liberdade, a independência e o talento."

Raí, irmão de Sócrates, foi o camisa 10 do Brasil na Copa do Mundo de 1994, bicampeão da Libertadores da América e campeão Mundial de Clubes pelo São Paulo com o mesmo número. "Existe uma mística na camisa 10 por tudo o que ela representa", afirma Raí. "E é sempre uma honra vestir esta camisa."

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