| João Pires / Jump |  | | | O time paulista fez a festa do título no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte. |
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O Finasa conquistou nesta quarta-feira (28/04) o bicampeonato da Superliga Feminina de Vôlei ao derrotar o MRV/Minas por 3 a 1, com parciais de 25/17, 25/18, 18/25 e 25/20, em 01h41 de partida, em pleno Ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte. Com o resultado, a equipe paulista fechou o playoff final da competição por três vitórias a uma, coroando mais uma temporada vencedora, comandada pelo técnico José Roberto Guimarães e pela levantadora Fernanda Venturini. As jogadoras fizeram uma grande festa na quadra, logo após o erro de saque de Flúvia, que fechou a decisão. A aplicação tática do Finasa foi o ponto forte da equipe paulista, que conseguiu imprimir bom ritmo de jogo, com saque tático, recepção eficiente e bloqueio atento. O ataque também esteve muito bem, principalmente com a ponteira Mari, maior pontuadora da partida (27) e da competição (472). Mari, aliás, ganhou três troféus na festa de encerramento: revelação, ataque e pontuadora. Com tudo isso, o Finasa venceu muito bem os dois primeiros sets para a alegria dos quase 700 torcedores que viajaram de Osasco para a capital mineira, ajudando a engrossar o público de mais de 8 mil pessoas no ginásio. No terceiro set, o MRV conseguiu sacar melhor e dominou a série. Pressionada, a equipe mineira errou muito no quarto e último set, facilitando um pouco o trabalho do time paulista, que precisou de 26 minutos para vencer por 25/20. "Foi um título merecido. Acho que se o Finasa perdesse seria uma injustiça muito grande. Fizemos a melhor campanha de longe no torneio, terminamos com apenas três derrotas. Fomos o time mais regular, que errou menos", comentou o técnico José Roberto Guimarães, logo após comemorar com todo o grupo a difícil conquista. "O título deste ano foi muito mais difícil do que o do ano passado, quando terminamos invictos os playoffs." Para o treinador, Finasa e MRV/Minas são equipes parelhas, que mereceram disputar a final da Superliga. "São dois times de alto nível, que se respeitaram. Ganhamos o título nos detalhes", lembrou Zé Roberto, que disse ter superado alguns obstáculos importantes. "Perdemos a Paula ainda na fase de classificação e tivemos de improvisar a Mari. Ela ainda não jogou totalmente à vontade na nova posição." Paula Pequeno torceu o joelho direito na partida contra o Brasil Telecom/Força Olímpica, em janeiro, na cidade de Sobradinho (DF) e teve de passar por uma cirurgia para a correção de ruptura de ligamentos e de lesão no menisco. Fernanda Venturini, melhor levantadora e jogadora da Superliga, também comemorou bastante a conquista. Afinal, aos 33 anos, ela conseguiu o 11º título brasileiro da carreira, uma façanha excepcional. "Jogamos melhor e a conquista foi indiscutível. Estou muito feliz porque é mais um título especial", disse a jogadora, com a filha Júlia no colo. "Agora é comemorar um pouquinho, descansar e pensar na Olimpíada. Vamos tentar o sonho de jogar a tão sonhada final olímpica." Outra jogadora com motivo especial de comemoração foi a meio-de-rede Valeskinha, que disputou a sétima final seguida de Superliga e ganhou o pentacampeonato brasileiro. "Esta foi uma competição muito desgastante, mas valeu o esforço de todo o grupo", comentou a atleta carioca, que completou 28 anos na sexta-feira. "Cada final, cada título, tem um sabor diferente. É uma vitória a mais." A campanha do Finasa na temporada 2003/2004, encerrada oficialmente com a conquista do bicampeonato brasileiro, foi espetacular. Apesar de ter jogado cinco meses desfalcado de cinco atletas, que estavam na seleção brasileira, o time conquistou o pentacampeonato paulista. O Finasa fez 55 jogos, ganhando 47 e perdendo apenas oito. A equipe ganhou 141 sets e perdeu 50. Na Superliga, o time de Osasco venceu 26 das 29 partidas que disputou. Foram 81 sets ganhos e apenas 23 perdidos. A equipe ficou 20 partidas invictas (ganhou as 18 da fase de classificação e as duas das quartas-de-final). O time só perdeu a invencibilidade na primeira rodada das semifinais para o Rexona-Ades (3 a 1, em Osasco). Outra façanha da equipe nesta temporada foi o recorde do público da competição. O terceiro jogo das finais, disputado no domingo, no ginásio do Ibirapuera, reuniu 8.676 pessoas (o maior público da edição 2003/2004 tanto da Superliga masculina quanto da feminina). No início da madrugada desta quinta-feira, a equipe continuou a comemoração do título com um jantar. A delegação chega em Congonhas nesta quinta-feira e segue para Osasco, onde dará entrevista coletiva no Ginásio José Liberatti, às 12h30. O Finasa jogou com Fernanda Venturini, Bia, Valeskinha, Lígia, Érika, Mari e Verê como líbero. Também entrou Luciana. No MRV/Minas, dirigido pelo técnico Chico dos Santos, contou com Fabíola, Keba Phipps, Flúvia, Fabiana, Virna, Sheilla e Arlene como líbero. Jogaram também Raquel, Flávia, Luciana e Thaisa. MELHORES DA SUPERLIGA Saque: Danúbia (Macaé Sports) Ataque: Mari (Finasa) Bloqueio: Valeskinha (Finasa) Recepção: Verê (Finasa) Defesa: Arlene (MRV/Minas) Levantadora: Fernanda Venturini (Finasa) Líbero: Verê (Finasa) Revelação: Mari (Finasa) Pontuadora: Mari (Finasa) Jogadora: Fernanda Venturini (Finasa) Técnico: José Roberto Guimarães (Finasa) Árbitro: Sérgio Cantini (RJ)
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