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Geral
22/02/2005 - 08h07
Orelhão é emblemático
Carlos Eduardo Rocha
 

Um vôo rasante sobre os municípios brasileiros, inclusive em remotas regiões, permitiria identificar número expressivo de "orelhões", nome carinhoso do telefone público, análogo ao seu formato. Lá no começo, estes aparelhos existiam em alguns estabelecimentos comerciais das grandes cidades. Posteriormente, já instalados dentro de cabines, ganharam as ruas e as áreas de concentração de pessoas, como estações rodoviárias e ferroviárias, terminais de ônibus e metrô.

No início da década de 70, criou-se a cabine de telefone público em formato ovalado, rapidamente apelidada de "orelhão". O seu modelo despojado agradou em cheio aos usuários. Pois este símbolo da popularização da telefonia vai fazer 70 anos no Brasil em 2005. Hoje, mais do que nunca, tornou-se o objeto que mais representa a universalização das telecomunicações no País, ampliada, diversificada e multiplicada depois da privatização do sistema de telefonia, a partir da década passada.

O telefone público não tira foto, não manda recado por escrito, nem acessa a Internet para o usuário. Contudo, faz - e muito bem - o serviço básico de emitir e receber mensagens faladas. É assim no mundo inteiro. Um instrumento a serviço da telefonia no que ela representa para a sociedade no seu estado mais essencial, inquestionável e indelével. O telefone público expressa, ao mesmo tempo, modernidade e simplicidade, pelo mesmo motivo: facilidade de uso. Enquanto se moderniza nas suas conexões e redes para melhor transmitir as tais mensagens faladas, simplifica-se o aparelho, para torná-lo cada vez menos complexo para o usuário operar.

Porém, o telefone público poderia atender muito mais pessoas se não sofresse da praga do vandalismo, que atinge os equipamentos instados em áreas públicas. Todo indivíduo que pratica atos desse tipo deveria saber que, além de transgredir a lei, está impedindo os cidadãos de exercer uma função social primordial, que é a de se comunicar. Embora o País já conte com um número expressivo de telefones fixos e móveis particulares, ainda há milhões de pessoas que necessitam - e vão sempre precisar - desse aparelho próximo de sua casa, de seu trabalho ou dos lugares que freqüenta. Se fosse diferente, o telefone público não existiria aos milhares em países cujas telecomunicações atingiram elevado nível de uso e penetração nas residências.

O telefone público é um exemplo emblemático de que a tecnologia é incapaz de substituir o absolutamente necessário. O máximo que a inovação pode fazer nesse caso é melhorá-lo no seu processo de comunicação. Porém, será praticamente impossível tirá-lo da frente do caminho das pessoas nas ruas, avenidas, estradas, praças e espaços de uso da coletividade.


Nota de Editor: Carlos Eduardo Rocha é diretor de Telecomunicações da consultoria BearingPoint.

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