O que profissionais como dentistas, produtores de gramíneas e técnicos de empresas de diferentes setores, como nanotecnologia, companhias aéreas e empresas de cartão de crédito possuem em comum? Todos fazem parte da indústria do esporte. Por exemplo, para um produtor de gramínea fornecer o gramado em determinado estádio, é necessário que haja negociação com os dirigentes do clube proprietário. Considerada a tecnologia-chave do século XXI, a nanotecnologia possibilita a produção de medicamentos mais eficazes e materiais mais resistentes e está diretamente ligada ao mercado esportivo. Da mesma maneira estão envolvidos os advogados, em negociações de compra e venda de atletas, os fisioterapeutas e dentistas, que cuidam da saúde, assessores e publicitários, preocupados com a imagem dos atletas. Nestas atividades, que envolvem diferentes áreas, sempre há profissionais que negociam, assessoram, planejam e organizam as ações. Portanto, se engana quem pensa que o esporte se resume a partidas de futebol, vôlei ou basquete ou a torneios de natação, rugby ou golfe. O esporte é muito mais abrangente. Ele é um universo formado por essa gama de profissionais, produtos e setores que, unidos, fazem uma simples partida de futebol mirim ou uma Copa do Mundo acontecerem. E para este universo conspirar a favor do sucesso, da seriedade e do respeito, o mercado esportivo deve ser melhor compreendido e divulgado. Hoje, a exigência por profissionais capacitados cresceu, bem como a interação das áreas do conhecimento e do desenvolvimento tecnológico. E essa exigência é fruto da expectativa por eventos como a Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada de 2016, no Brasil. Aliado ao comércio e à prestação de serviços no setor de entretenimento, o mercado de eventos esportivos, já representa cerca de 60% da economia mundial. A consequência desses acontecimentos já começam a aparecer e algumas agências de marketing esportivo dos Estados Unidos e Europa, por exemplo, já abriram escritórios por aqui, nos últimos meses. Fica evidente, portanto, que com o aquecimento desse mercado, e consequentemente com o aumento de empregos formais ou informais, os cursos tornam-se necessários. E uma das vertentes da indústria do esporte é o marketing esportivo, capaz de formar profissionais com conhecimento necessário para o desenvolvimento de diferentes segmentos, como de insumos, mecânico, médico, administrativo ou tecnológico. Esses cursos começam a surgir com mais intensidade em nível de pós-graduação ou de extensão e estão, cada vez mais, chamando a atenção de profissionais de todas as áreas. De forma geral, o curso de marketing esportivo tem o objetivo de formar e preparar executivos e profissionais de diversas áreas para atuarem e interagirem com as necessidades do mercado, desenvolvendo capacidade gerencial, liderança e habilidade negocial e criativa. E não é necessário ser gênio, ex-atleta ou desportista para atuar nesta área. É preciso somente ter conhecimento para melhorar a realidade e o cenário esportivo brasileiro, as condições dos atletas e dirigentes, a situação dos equipamentos e até mesmo as leis que regem este universo. Independente do que deve acontecer, o momento é oportuno para se voltar ao esporte, devido às grandes oportunidades. Portanto, aos interessados em atuar em marketing esportivo, o momento é para se especializar. Nota do Editor: Pedro Pires, publicitário, especialista em Gestão e Marketing Esportivo e coordenador do Curso em Gestão e Marketing Esportivo da Faculdade Cantareira.
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