Os sonhos de mudar de profissão, de colocar em prática antigos projetos ou de inovar no que já se faz não devem ser abandonados só porque são típicas resoluções de Ano Novo. Ao contrário, são anseios legítimos, que podem se concretizar se as pessoas souberem aproveitar melhor suas vocações e talentos. Fazer o melhor uso de suas habilidades é imprescindível para alcançar a excelência profissional e nada melhor do que a oportunidade de motivação de um novo ano para por os planos em prática. O que você é capaz de fazer dez vezes melhor do que a maioria das demais pessoas? Tem lido livros, feito cursos e treinamentos para fortalecer cada vez mais esse potencial? Quem conhece seus pontos fortes e fracos, especialmente comportamentais, tem mais chances de se dar bem no que faz, se a escolha for bem orientada. Hoje, o sucesso depende muito de pôr em foco o melhor das capacidades pessoais, complementando os pontos vulneráveis com os talentos de outros profissionais em um verdadeiro trabalho de equipe. Os talentos são capacidades natas de bom desenvolvimento em determinadas atividades, que levam cada um trabalhar com ânimo e entusiasmo, com grande facilidade de aprendizagem e especialização. Quando usamos nossos talentos, sentimos prazer e motivação ao buscar criativamente novas formas de expressão e de fazer o trabalho. Com ou sem crise, ficou para trás o tempo quando os diferenciais de empresas e empreendimentos pessoais eram o capital financeiro e a tecnologia. Hoje, sem dúvida, o valor é o capital humano. É muito mais difícil fazermos algo com excelência se não nascemos com talento para isso. Perderemos tempo e dinheiro e contaremos com resultados medíocres. Em contrapartida, se nos concentramos em descobrir e potencializar nossas principais habilidades natas, com entrevistas, treinamentos, bons MBAs, coaching, consultorias especializadas e um plano estratégico adequado, o investimento dará retorno no curto prazo, trará satisfação pessoal e, ao mesmo tempo, ferramentas essenciais ao desempenho profissional. Principalmente se trabalhamos em uma equipe orientada para se unir pelas diferenças. Afinal, esse processo começa pela responsabilidade individual, mas ganha dimensão maior se é abraçado pela empresa. Em dez anos de pesquisa e trabalho como consultor, consegui classificar e organizar 500 talentos em quatro tipos elementares e 16 tipos vocacionais. Alguns dos valores mais exigidos no mercado atual são empreendedorismo, comunicação, inovação, liderança, empatia, estratégia, visão sistêmica, trabalho de equipe, motivação, velocidade, investigação. Existem várias metodologias para a gestão de talentos e competências que fornecem a correta avaliação do desempenho individual e coletivo. Profissionais das áreas de Tecnologia da Informação, Marketing e Administração estão entre os que já perceberam essa realidade. O futuro dessas carreiras está na fusão de grupos de telecomunicações, bancos de talentos, Internet, marketing direto, educação à distância, entre outros exemplos. A chave para o sucesso pessoal e de uma empresa é unir tecnologia e humanismo, técnica e talento, em equipes multidisciplinares de especialistas. Agora, a decisão é clara: ou abraçar a mudança consciente em 2005 ou ficar para trás. Nota do Editor: Mauro Press é consultor em Gestão de Talentos, criador do Método Diamante. Médico com pós-graduação em Psicologia Junguiana.
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