Campeonato Pan-Americano na Venezuela começa nesta terça-feira, 20/4, e será a última chance para o ligeiro masculino, ligeiro, meio-leve, médio e pesado feminino garantirem a participação nos Jogos Olímpicos.
O Brasil começa nesta terça-feira, 20/4, a disputa por mais cinco vagas nos Jogos Olímpicos de Atenas. O Campeonato Pan-Americano de Judô, disputado em Ilha de Margarida, Venezuela, é a última oportunidade de marcar pontos no ranking da União Pan-Americana de Judô (UPJ), classificatório para as Olimpíadas. No masculino, os seis países mais bem colocados garantem participação em Atenas, assim como os três primeiros no feminino. Das 14 categorias olímpicas, o Brasil já tem vaga assegurada em nove, precisando pontuar ainda no ligeiro masculino (Alexandre Lee), ligeiro feminino (Daniela Polzin), meio-leve feminino (Fabiane Hukuda), médio feminino (Cristina Sebastião) e pesado feminino (Priscila Marques). Participam do Pan cerca de 150 atletas de 21 países das Américas. "É tudo ou nada", sentencia Fabiane Hukuda, que competirá na quarta-feira, 21/4, e precisa vencer o Campeonato Pan-Americano e torcer para que Estados Unidos, Canadá ou Venezuela fiquem fora do pódio. Priscila Marques e Cristina Sebastião serão as primeiras a entrar no tatame em busca da vaga olímpica. O Campeonato Pan-Americano começa com as categorias mais pesadas, com os combates do pesado ao meio-médio disputados na terça-feira e as lutas do leve ao super-ligeiro (o Brasil não participa do Pan no super-ligeiro) na quarta. Para carimbar o passaporte para Atenas sem depender de combinação de resultados, Priscila Marques, quarta colocada no ranking da UPJ, precisa vencer a competição ou ficar à frente de México, Canadá ou Venezuela. Já Cristina Sebastião, ocupando a sexta posição na lista, tem de vencer e esperar por resultados das judocas dos países que estão à frente do Brasil na classificação. "Quero ganhar e não posso pensar em escolher adversárias", resume Priscila, que teve pelo menos uma boa notícia na Venezuela. A forte cubana Daima Beltran, bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney e quinta colocada no último Campeonato Mundial, não disputará o Pan. Daniel Hernandes (pesado), Mário Sabino (meio-pesado), Carlos Honorato (médio) e Flávio Canto (meio-médio) são esperanças de medalha para o judô masculino do Brasil na rodada de abertura do Pan-Americano. No feminino, as atenções estarão voltadas para Edinanci Silva (meio-pesado) e Erica Moraes (meio-médio), que substitui a titular Vânia Ishii, recuperando-se de lesão no tornozelo esquerdo. "O Pan vai ser importante para saber como está minha preparação para Atenas, se preciso mudar alguma coisa", diz Honorato, três ouros em campeonatos Pan-Americanos. "Em 2002 foi a única vez que participei do Pan e não trouxe nada, pois estava voltando do meio-pesado para o médio. Foi aí que minha recuperação começou", continua Honorato, apontando o cubano Yosvane Despagne e o americano Brian Olson como seus principais adversários. Despagne foi quinto no Mundial de Osaka 2003 e Olson lidera o ranking pan-americano. "Fui surpresa com a notícia que estava convocada para o Pan e agora pretendo fazer um bom papel. Vou lutar pela medalha", diz Erica Moraes. Na quarta-feira, o Brasil entra no tatame com os leves Leandro Guilheiro e Danielle Zangrando, os meio-leves Leandro Cunha e Fabiane Hukuda e os ligeiros Alexandre Lee e Daniela Polzin. Na quinta, haverá disputas por equipes e kata. Na sexta será disputado o Circuito Pan-Americano.
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