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Presidente da Fiesp critica duramente a nota do COPOM, a qual classifica como "terrorista".
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, criticou a nota do COPOM que, em sua avaliação, anuncia, veladamente, recessão à frente e surpreende a todos, ou seja, "crescimento adicional de juros e sua manutenção por longo período", afirma. Segundo o empresário, "o COPOM esta reconhecendo o que todos já sabiam, ou seja, sua baixa capacidade de atuação em preços administrados e de commodities, quer submeter os preços livres à forte pressão, via redução da atividade econômica e valorização cambial, a fim de compor a ambiciosa e irreal meta de inflação futura. Para tanto quer descaracterizar a evidente atenuação da produção industrial introduzindo o inovador conceito de análise por dia útil, que se agrega ao de sazonalidade, pelo qual um mesmo mês pode ter, ano a ano, distintos valores". A Fiesp afirma que, por não saber como funciona a produção industrial, atividade desde muito longe do seu imaginário, o COPOM acredita que 82,7% é taxa limite de ocupação da capacidade instalada. "Mais uma vez, seus integrantes correm para o abraço do setor financeiro, que há de louvar a prudência, e não escutam as vaias dos setores produtivos e dos trabalhadores", enfatiza Skaf.
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