| Divulgação | | | | Além de boa remadora, Vanessa Bevilacqua vem se especializando na Hula, típica dança havaiana. |
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Uma equipe formada só por mulheres, todas de Florianópolis (SC), é uma das grandes atrações da Rio Va’a 2004, prova de canoas polinésias, também conhecidas como canoas havaianas ou outriggers, que será disputada sábado (dia 19) no Rio de Janeiro. A disputa, que também contará com duas equipes do exterior, uma do Havaí e outra da França e Tahiti, será disputada na orla da zona sul, a partir da praia Vermelha, com largada às 9h. A equipe Kanaloa Feminina vai remar um percurso de 19 km, querendo fazer história. "Nosso desafio será completar a prova com sucesso. Estamos treinando há pouco tempo com esta formação e algumas de nossas atletas ainda não tem experiência", afirma Vanessa Bevilacqua, 24 anos, que fará a função de voga, ou remadora nº 1, aquela que impõe o ritmo das remadas durante a disputa. "Não sabemos como o mar vai estar no dia da prova, mas estamos nos concentrando para dar o melhor de nós. Se o mar estiver bravo, difícil, vou para o banco cinco, ajudar no leme", acrescenta Vanessa, uma das mais experientes do grupo. Ela terá como companheiras Antonella Batista, 39 anos, Raquel Hoefel, 28, Patrícia Prim, 33, Izabella Pinheiro, a mais velha, com 45 anos, e Patrícia Feldmann, 37, que fará o leme, função mais importante e responsável pela direção da canoa. Ela, inclusive, foi a primeira mulher a fazer leme em competições nacionais e é instrutora de canoagem havaiana do Centro Kanaloa, em Floripa. O grupo foi formado em novembro, mas três delas, Vanessa, Patrícia e Antonella, já competiram juntas em três provas do Circuito Brasileiro em 2003 e este ano e também na primeira tentativa de Volta à Ilha de Santa Catarina, em maio. Vale destacar que a voga da equipe ainda participou de competições pela equipe Brucutus, de São Paulo, no Festival Nova Schin e na Volta à Ilha de Santo Amaro, no litoral paulista. Das seis atletas, apenas Raquel é estreante em provas de canoa. "Mas ela é triatleta e tem bastante experiência em competições nacionais e internacionais de duathlon, triathlon e corridas de aventura", comenta Vanessa. "Eu a Antonella e a Patrícia já fizemos provas mais longas", ressalta. "A preparação não é só físico, mas envolve muito o psicológico e principalmente o espírito de equipe. Em se tratando de prova em mar aberto, temos variáveis como o vento, as ondulações, os costões, as zonas de arrebentação, sempre pontos críticos que devemos estar atentas" afirma a remadora nº 1 da equipe Kanaloa, que vai competir com apoio da Federação Catarinense de Canoagem Havaiana - FCWa´a, Governo do Estado de Santa Catarina / Secretaria da Informação, OpenWinds Esportes de Ação e Truzz Adventure Neoprene Acessories. Vanessa explica que a formação de equipes femininas é uma tendência mundial e a idéia é manter o grupo para outras disputas. "Por ser um esporte novo no Brasil, a procura por mulheres inicialmente era pequena, mas agora o número está aumentando e não tem o porquê de não termos equipes femininas participando dos campeonatos. A idéia é poder manter a equipe feminina sempre treinando para estarmos nas provas, não apenas para participar, mas para competir", ressalta a atleta que também se destaca com outra tradição havaiana. Ela vem se especializando na Hula, típica dança havaiana, desde julho de 2003 e nos campeonatos se caracteriza numa autêntica nativa polinésia fazendo apresentações. "Sempre gostei de dançar e quando surgiu a oportunidade de aprender, me entusiasmei e fui procurar informações a respeito. Pesquisei na Internet, filmes, desenhos animados, como o Lilo & Stich. Ganhei uma fita de como dançar Hula e depois um dvd com aulas passo a passo", conta. "O processo de aprendizagem não acabou, está só no início. Tenho muito que aprender ainda. E se for ao Havaí melhor ainda", completa. Além da equipe feminina, os catarinenses estarão representados com a equipe Kanaloa masculina, comandada pelo irmão de Vanessa, Alexey Bevilacqua.
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