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Não há dúvida de que vivemos uma época de incertezas, mudanças constantes, inovações e desafios cada vez mais intensos. O nosso atual saber provavelmente será uma inutilidade amanhã. A obsolescência de hardware e software atinge velocidades muito maiores do que a capacidade de adquirir os conhecimentos necessários para lidar com as novidades. A vida de muitos profissionais especializados ficou extremamente vulnerável. Para lidar com essa situação, é imprescindível aumentar a capacidade de ver o todo, ou seja, desenvolver uma visão sistêmica e holística. Essa necessidade consome esforço e tempo, e deve ser atendida constantemente, já que na maioria das arenas do mundo não se espera mais acontecer. Mais do que nunca, aprender globalizadamente, usando todo o potencial de nossa mente e corpo, é a ordem do dia. As férias de fim e início de ano são uma grande oportunidade de buscar o aprimoramento pessoal e profissional nessa direção. Não só em cursos específicos, mas também em reflexões individuais que estimulem nossa integração como indivíduos e com o meio que nos cerca. Como fazer disso uma prática? A resposta, aparentemente difícil, é simples. Invista todos os momentos possíveis no seu maior patrimônio, seu cérebro. Reconhecidamente um grande consumidor de energia quando em operação, tende a se tornar preguiçoso, optando por trabalhos automatizados, rotineiros e de longa data armazenados no seu "banco de dados". É exercitá-lo, é preciso lhe dar desafios e novos projetos antes nunca pensados. "Desafios" e "novos projetos", nesse caso, não estão necessariamente ligados à área profissional. Nesse período de férias, pode significar simplesmente fugir da rotina. Se você está acostumado a ficar em casa, vá viajar. Se está acostumado a viajar, fique em casa e aproveite para ler aqueles livros que você um dia ganhou num aniversário e que continuam intocados na estante. Ou invente alguma coisa completamente diferente, como ir pescar no Rio Negro, no meio da selva amazônica! O importante é manter a mente aberta para aprender coisas novas e, sobretudo, despreocupadamente. A experiência demonstra que as pessoas, quando brincam, aprendem com mais facilidade. Tal fato deve-se à espontaneidade de seus atos e à oportunidade de demonstrar o que sabem e o que não sabem sem o medo de errar. É também o melhor exercício para aumentar a interatividade entre o lado esquerdo do cérebro (razão, competição, lógica, linguagem verbal) e o lado direito (intuição, cooperação, imaginação, emoção, sensações), o que é ótimo para estimular a criatividade. Portanto, nessas férias, faça algo diferente: não deixe de exercitar seu cérebro. Além de fazer bem para a saúde, vai fazer um bem ainda maior para o seu futuro pessoal e profissional.
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