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Os primeiros sinais de recuperação da economia do país começam a refletir no crescimento do emprego formal. De acordo com a Pesquisa Mensal de Empregos do IBGE, o mês de outubro apresentou expansão de 4,2% na geração de vagas quando comparado ao mesmo período do ano passado. Isto representa a contratação de 774 mil pessoas. Em época de contratações, qual a estratégia de admissão que as empresas devem assumir para não depararem com um quadro de funcionários inadequados daqui a alguns meses? "A questão central é selecionar definindo bem os requisitos da empresa. Devemos pensar nos conhecimentos requeridos, em referência à educação formal, à base conceitual necessária, porque parte dos conhecimentos muitas vezes devem ser complementados na própria empresa", diz John Cymbaum, mestre em administração e consultor da Laboredomus. Cymbaum diz, ainda, que devem ser consideradas também as habilidades que se referem àquilo que nem sempre e nem somente é adquirido pela educação formal. "O domínio de uma língua ou o uso de programas de computador muitas vezes derivam do conhecimento prático, mas também de talentos naturais, como é o caso da habilidade de negociação". Outro campo a considerar, normalmente definido de forma incompleta, são as atitudes. "Nesse caso, estou me referindo a características de personalidade, algo mais intrínseco do indivíduo, como a postura adotada ao cumprir regras, seguir procedimentos. Determinada pessoa pode dar um excelente piloto de avião, mas não um profissional para uma agência de criação e vice-versa", diz o consultor - que tem 20 anos de experiência em gestão e RH. Mesmo quando todas essas características são bem avaliadas no processo de seleção, a maior causa de fracasso é o profissional que não se adaptou bem à empresa. O que está por trás disso? "O fato de que as empresas, explícita ou implicitamente, também têm suas características específicas, às quais costumamos chamar de cultura e valores organizacionais. Portanto, a empresa precisa conhecer sua própria personalidade para levar em conta na hora da contratação", conclui John Cymbaum.
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