São Caetano, Gama Filho, Sogipa e Pinheiros lutam neste fim de semana pelo título de melhor equipe do judô do Brasil.
O judô brasileiro terá um fim de semana de gala com a disputa das finais da segunda edição do Grand Prix Nacional, que acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro, em São Caetano do Sul. O Imes/São Caetano encara a Gama Filho, enquanto o Sogipa/Fundergs pega o Pinheiros. A decisão será no domingo (dia 5/12) entre os vencedores dos confrontos. As lutas começam às 10h. O São Caetano terminou a primeira fase na liderança com sete pontos e terá a vantagem de fazer as rodadas decisivas diante de sua torcida. O Sogipa ficou em segundo, com seis pontos, seguido de Pinheiros, com seis, e Gama Filho, com dois. Para o técnico do Imes/São Caetano, Mário Tsutsui, o momento é de trabalhar a parte psicológica dos atletas para evitar o temido "salto alto". "A equipe está confiante, mas sabemos que a responsabilidade é muito grande. Somos os atuais campeões e os adversários virão com tudo para cima da gente. Por este motivo é fundamental manter o mesmo desempenho da primeira fase do Grand Prix. Estamos divulgando ao máximo as lutas e esperamos encher o ginásio", explica Tsutsui, que fez mistério em relação ao time que usará no campeonato. "Em time que está ganhando, não se mexe. Mas faremos algumas mudanças táticas", diz, sem revelar maiores detalhes. Na Gama Filho, a palavra de ordem é superação. "Não ficamos nada satisfeitos com o resultado na primeira fase. Mas, em compensação, a equipe está mais unida e estamos treinando muito forte para podermos vencer os combates", comenta o judoca Hugo Pessanha, da categoria 90kg. O reserva da seleção brasileira na categoria até 66kg, Leandro Cunha, sabe que o momento é de concentração total para o Pinheiros. Segundo ele, as falhas da primeira fase, disputada no último fim de semana em Porto Alegre, não podem voltar a acontecer. "Estamos mentalizando o Sogipa e agora é a hora de fazer tudo certo. Erramos onde podíamos e vamos com tudo em busca das vitórias", afirma Leandro. Mas a busca por vitórias do Pinheiros não será fácil. O Sogipa espera contar com a torcida do São Caetano, que tem grande rivalidade com o Pinheiros. "Como somos neutros, a tendência é que eles fiquem ao nosso lado. Serão grandes lutas, e vencerá quem estiver mais bem preparado", comenta João Derly, também da categoria 66kg. Sobre o confronto com Leandro Cunha, Derly revela o segredo para a vitória: "Estamos sempre nos enfrentando e é uma luta especial, porém muito dura. Quem estiver mais concentrado, vencerá". A partir desta edição do Grand Prix, estará em disputa também um troféu itinerante. O vencedor de 2004 levará para casa a imponente taça com seu nome gravado, assim com o nome e o escudo do Imes/São Caetano, campeão de 2003. A equipe que vencer o Grand Prix por três vezes, consecutivas ou não, terá posse definitiva do troféu. "Será uma taça bonita, pesada, que trocará de mãos a cada ano", diz Maurício Carlos, da WH Sports, idealizador do Grand Prix e responsável pelo marketing da CBJ. O técnico do time primeiro colocado também receberá homenagem especial. Nos moldes das ligas profissionais americanas, como a National Football Association (NFL, de futebol americano), o treinador campeão ganha um anel de ouro de 18 quilates. "Na premiação de 2004, daremos o anel também ao técnico do São Caetano, que venceu em 2003", conta Maurício Carlos. Serão premiados também o atleta mais técnico e o autor do ippon mais rápido da competição.
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