"Está tudo bem. Depois corro atrás do prejuízo", afirma o meio-pesado medalhista de bronze no último Campeonato Mundial.
Mario Sabino já pensa em sua volta aos tatames depois do acidente sofrido enquanto consertava o motor de seu carro, na última terça-feira (23/11), em Bauru. Com fratura exposta no médio e no anular (este com lesão no ligamento), Sabino ficou duas horas e meia na mesa de cirurgia para a colocação de pinos e reconstituição do ligamento. O meio-pesado ficará um mês parado, enquanto cicatriza o local, e em seguida fará fisioterapia. Ele deve voltar a lutar em quatro meses. "Está tudo bem. Não perderei nem força, nem sensibilidade. Minha prioridade agora é a recuperação, depois corro atrás do prejuízo", diz Sabino, referindo-se ao posto de titular da categoria meio-pesado da seleção brasileira e à participação no Campeonato Mundial do Egito, em setembro de 2005. "O Doutor Ricardo Cabelo, da Beneficiência Portuguesa de Bauru, me deixou bem calmo e disse que eu tive sorte, já que não precisou sequer enxerto. A anestesia foi apenas local e fiquei consciente durante toda a cirurgia, já que era importante eu verificar se não havia perdido a sensibilidade", recorda o atleta, recém chegado do Azerbaijão, onde disputou o Mundial Militar. Sabino saía de casa com as filhas Stephany, de 5 anos, Giedre, de 2 anos, Mário Sabino Neto, de 1 ano, além da sobrinha Rúbia, de 6 anos. Ao mexer no motor, seus dedos ficaram presos entre a correia e a polia do motor. "Tive de ficar sossegado para não assustar as crianças, que estavam dentro do carro prontos para sair. Pedi à minha esposa, Solange, que trouxesse gelo e uma toalha e chamamos a viatura, que me levou para o hospital", conta o sempre sereno Sabino, que é policial militar em Bauru. Depois das férias forçadas em dezembro (que "já estavam nos planos", diz ele), Sabino deverá começar a fazer atividades físicas para manter a forma e também se submeterá à fisioterapia. "Tenho primeiro de me concentrar na cicatrização e na retirada dos pinos para depois focar na volta ao judô, o que deve acontecer em quatro meses", acredita o atleta, campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2003 e bronze no Mundial de Osaka, também em 2003.
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