Ao falar com uma pessoa olhe nos olhos. Se ver um amigo, sorria, e ao se despedir não mande um beijo, dê. Aproveite, e também o abrace. Pratique a lei da boa vizinhança, mas não por educação, e sim por prazer. Salve vidas. Isso mesmo, este ato é um exemplo de cidadania, responsabilidade e cooperativismo. E quem acha que é necessário ser médico, enfermeiro ou bombeiro para isso, engana-se. Para doar sangue, por exemplo, e ajudar os profissionais a resgatar vidas, basta ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e ser saudável. São vetadas grávidas e mulheres que tenham dado à luz há menos de seis meses, pessoas que contraíram doença de Chagas, malária, hepatite ou Aids, ou ainda com tatuagem feita no último ano. Quem quiser ir além e contribuir com quem sofre de leucemia, pode se cadastrar ao Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Mesmo sendo um ato solidário, fácil e rápido de ser realizado, no Brasil apenas 2% da população é voluntária na doação de sangue e cerca de 10.000 de medula óssea. Índices contraditórios à lei da vida: humanos dependem uns dos outros. As pessoas precisam estar ligadas ativamente a um grupo para se sentirem protegidas, úteis e ativas. Somos feitos para viver em rede, e quanto mais contribuímos com a sobrevivência da humanidade, mais somos felizes, saudáveis e valiosos. Hoje você pode estar ajudando, amanhã precisando do auxílio de alguém. E nessas horas não importa cor, opção sexual, nacionalidade, religião, origem ou classe social de quem está salvando a vida. Então, dê o sangue por esta causa, contribua com o próximo, arregace as mangas, abra e feche as mãos como se estivesse chamando alguém para perto e salve vidas. Nota do Editor: Christiane Finger é jornalista responsável pela Parceiros Voluntários de Caxias do Sul.
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