O velejador catarinense radicado em Porto Alegre é um dos destaques do Match Race Brasil.
| Gonzalo Arselli |  | | | Barcos durante competição. |
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O velejador André Fonseca, o Bochecha, quer repetir no Rio de Janeiro a boa campanha obtida em Ilhabela, em setembro, quando foi vice-campeão da segunda etapa do Match Race Brasil, competição barco contra barco, vencida pelo invicto Torben Grael. Bochecha acha que a sua tripulação está mais entrosada este ano e por isso acredita em novas boas apresentações. A terceira e última etapa do evento será disputada de 18 a 21 de novembro em frente ao Iate Clube do Rio de Janeiro, na Baía da Guanabara. Sexto colocado na classe 49er na Olimpíada de Atenas, ao lado de Rodrigo Duarte, o catarinense radicado em Porto Alegre é considerado um dos melhores velejadores da nova geração. Em outro provável confronto com Torben Grael, Bochecha não tem esperanças de vitória. "O Torben é muito experiente e está sobrando em relação a todos os outros participantes. Quando ele recebe pressão, consegue tirar um gás a mais", lembra o tetracampeão brasileiro de 49er. "Enquanto estamos todos aprendendo, ele dá aula." Bochecha está contente com a participação do polonês Karol Jablonski na etapa carioca. Segundo colocado no ranking mundial de match race, Jablonski é comandante do sindicato italiano Toscana Challenge, que se prepara para a America´s Cup de 2007. "Ele é um especialista e certamente vai querer ganhar. O importante é que teremos a oportunidade de aprender com duas feras", comenta o velejador, que terá Paulo Roberto Ribeiro como tático no Match Race Brasil. "Como comandante, procuro dividir as decisões com o tático. Nossa tripulação está entrosada porque, ao contrário do ano passado, não fizemos alterações na equipe." Além de Bochecha, Torben e Jablonski, os outros comandantes no Rio de Janeiro serão Alan Adler, campeão mundial de Star e medalha de prata na J24 no Pan-Americano de Santo Domingo; Robert Scheidt, bicampeão olímpico, heptacampeão mundial de Laser e eleito o melhor velejador de 2004 pela Federação Internacional da modalidade; João Joca Signorini, campeão brasileiro de Finn; Daniel Glomb, bicampeão brasileiro e campeão sul-americano de Soling; e Maurício Santa Cruz, campeão mundial de Snipe e prata na J24 em Santo Domingo. A participação da tripulação estrangeira, a disputa da Nivea Sun Match Cup (competição feminina) e a realização de uma regata Pro-Am, reunindo profissionais e amadores, são algumas novidades do evento, que tem o objetivo de popularizar o esporte e atrair a atenção da grande mídia. Por isso, o torneio tem regras simples, regatas curtas e é disputado perto da costa para facilitar o acompanhamento do público. As comandantes dos J24 serão Isabel Ficker, Isabela Malpighi, Caroline Bejar e Fernanda Oliveira. Já o Pro-Am será uma regata de flotilha, reunindo os quatro Bénéteau, no sábado à tarde, com as tripulações formadas por três profissionais e sete ou oito amadores convidados. O sistema match racing é muito simples. É barco contra barco, num confronto direto. Todas as decisões, inclusive protestos, são tomadas na hora As oito equipes vão brigar pelos R$ 40 mil em prêmios nesta etapa (são R$ 120 mil no total). O Match Race Brasil é uma realização da Vela Brasil, com supervisão da Federação Brasileira de Vela e Motor (FBVM) e apoio do Iate Clube do Rio de Janeiro. O patrocínio é da Vivo, Braskem, Motorola, UBS, Nívea Sun, Varig, Volvo e Agfa.
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