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11/11/2004 - 19h26
Novembro: mês da instituição do direito da mulher
 
 

A história de lutas e conquistas de tantas mulheres no decorrer de quase dois séculos tem levado a sociedade ter certeza de que elas efetivamente conquistaram seu lugar. Mais do que isso, a mulher, assegurou seu direito à cidadania, legitimando seu papel enquanto agente transformador. No Brasil, a partir de 1932, as mudanças da condição e dos direitos femininos passaram por uma verdadeira revolução, quando o então presidente da República, Getúlio Vargas garantiu o direito de voto à mulher e da Instituição de seus Direitos.

Algumas mulheres que fizeram e fazem diferença

Atualmente mulheres são vistas ocupando os mais diversos cargos e funções, muitos, há pouco tempo, exercidos e ocupados exclusivamente por homens. Alguns nomes foram importantes para mudar o rumo da história de nosso país.

O Museu Brasileiro da Escultura Marilisa Rathsam em São Paulo, leva o nome da única mulher brasileira a construir e dirigir um Museu. Após uma luta de vinte anos liderada por Marilisa Rathsam, para que não fosse construído um Shopping Center, na Avenida Europa com a Rua Alemanha, a Prefeitura do Município de São Paulo, cedeu, em comodato, o terreno de 7.000 m² para que fosse construído um museu no local. Daí nasceu o Museu Brasileiro da Escultura em 1995, em plena crise econômica. Presidente, criadora e fundadora da Sociedade de Amigos dos Museus - SAM Nacional, a primeira Sociedade de Amigos dos Museus fundada no Brasil, Marilisa Rathsam liderou o movimento pró-tombamento dos vários dos jardins, realizado pelo CONDEHAAT, em uma área de 12.000.000 m², tendo sido considerada a primeira luta ecológica urbana do país, iniciada em 1968. Ao contrário de outros museus, ele não mantém acervo fixo. Mas, recebe exposições temporárias que representam a formação da arte moderna e contemporânea brasileira e estrangeira. Tem uma programação musical com cerca de noventa apresentações anuais de cantores solo e grupos de câmara. Possui ateliês-oficina que oferecem cursos e workshops ministrados por artistas plásticos, críticos e historiadores da arte. Hoje, o MuBE é reconhecido internacionalmente como um dos espaços mais belos do século e é responsável por desenvolver diversas ações para fomentar a cultura e a arte, a fim de diminuir barreiras e expandir os limites artísticos, com cursos, workshops e projetos gratuitos para a comunidade.

Na cidade do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1855, Joana Paula Manso de Noronha e Violenta Atalipa Ximenes de Bivar e Velasco foram as primeiras mulheres a dirigir um jornal. A primeira edição do "O Jornal das Senhoras" apresentava matérias falando sobre como melhorar o trabalho social e a emancipação moral da mulher, afirmando que para gozar de seus direitos era necessário ter sua educação melhorada, ou seja, não apenas aprender boas maneiras, piano, borda e costura, mas pedia que os homens deixassem de considerar as mulheres "como sua propriedade". Para não serem ridicularizadas como mulheres metendo-se em ofícios de homens e fugirem de prováveis chacotas, as colaboradoras impunham a condição de permanecerem anônimas.

Bertha Maria Júlia Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. A ela, as mulheres brasileiras, devem a aprovação da legislação que lhes outorgou o direito de votar e serem votadas. Em 1918, ingressou por concurso público como bióloga no Museu Nacional. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro. Ao lado de outras pioneiras, empenhou-se na luta pelo voto feminino. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Somente dez anos depois do ingresso das brasileiras na Liga das Mulheres Eleitoras, em 1932, por decreto-lei foi estabelecido o direito de voto feminino. No ano de 1975, Ano Internacional da Mulher, estabelecido pela ONU, Bertha foi convidada pelo governo a integrar a delegação do país no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Foi seu último ato público em defesa da condição feminina.

Nísia Floresta, educadora e escritora, foi a primeira mulher a escrever importantes títulos sobre a mulher, foi professora e diretora do Colégio Augusto, uma instituição que avançou consideravelmente a educação feminina da época, ao incluir o ensino do latim, francês, italiano e inglês, Geografia e História. Em praticamente todos os seus livros encontram-se o firme propósito de formar consciências e de alterar a práxis social da época, no que dizia respeito às relações homem/mulher. O tema da educação está presente nos discursos, nas novelas, ensaios e textos jornalísticos. Lançou seu primeiro livro, "Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens" em 1832.

Estes são apenas alguns dos nomes de tantas mulheres que mostraram que para alcançar seus sonhos e objetivos não se deixaram vencer. Com muita força e dedicação conquistaram definitivamente seus espaços e são reconhecidas como idealizadoras de grandes feitos. Este mês de novembro é dedicado a essas e muitas outras conquistas.

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