O bicampeão olímpico é capa da revista mais importante da vela, será comandante na Volvo Ocean Race e é indicado ao prêmio de melhor velejador de 2004.
| Divulgação / ZDL | | | | Grael mostrando sua última medalha olímpica. |
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Em agosto, Torben Grael se tornou o mais premiado velejador olímpico da história, conquistando o bicampeonato olímpico da classe Star, ao lado de Marcelo Ferreira. Em seis Olimpíadas, foram cinco medalhas. Nunca em sua carreira, o velejador teve tanto prestígio internacional. Grael é um dos indicados ao título de melhor velejador do mundo em 2004, segundo a Federação Internacional de Vela (ISAF). A entidade escolheu, além de Torben e seu parceiro no bicampeonato olímpico, Marcelo Ferreira, os outros seis medalhistas de ouro em Atenas e três campeões de classes não-olímpicas para o concorrer ao prêmio. Apesar das cinco medalhas, ele nunca foi escolhido o melhor do mundo. A premiação será nesta terça-feira, em Copenhague, na Dinamarca. "Estou vivendo um momento muito bom. Não sei se é o melhor, mas estou em uma fase bem legal. Um monte de coisas estão dando certo. Consegui o ouro em Atenas e agora estou concretizando um sonho, que é a regata de volta ao mundo com um sindicato brasileiro", disse o velejador, sem comentar suas chances de conquistar o título da Dinamarca. O prestígio mundial de Torben Grael cresceu muito após Atenas-2004. O brasileiro foi o personagem principal da revista "Seahorse International Sailing", uma das mais importantes do mundo da vela. Na edição de outubro, ele apareceu na capa, com a manchete: "Será ele o velejador mais intrigante do mundo? Já são cinco medalhas olímpicas (e uma campanha na Volvo Ocean Race) para Torben Grael". Bicampeão do Match Race Brasil, competição barco contra barco, ele também está na capa da próxima edição da revista da Volvo Ocean Race, como personagem principal da reportagem sobre o Brasil 1, o primeiro barco brasileiro que vai disputar a competição, patrocinado por Vivo, Motorola, QUALCOMM e Apex. Ele será o capitão do barco, que já está sendo construído em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Além disso, foi personagem de uma reportagem do The Independent, de Londres. Também focado na participação do brasileiro na regata de volta ao mundo, o texto conta que ele é um dos ídolos de Ben Ainsle, outro indicado ao prêmio de melhor de 2004 pela Isaf. A atenção, porém, não é fruto apenas das campanhas olímpicas ou do projeto Brasil 1. Sua participação em campanhas para a America’s Cup também tornaram Grael famoso pelo mundo afora. Ele já participou por duas vezes da Louis Vuitton Cup, competição classificatória para o troféu mais antigo do mundo. E até hoje é o único brasileiro a disputar a America’s Cup, em 2000, com o sindicato italiano Prada. Para a próxima campanha, em 2007, ele recebeu vários convites, mas está estudando seriamente apenas dois. Um deles é do Prada, barco que defendeu em suas duas campanhas na competição. Também foram indicados ao título de melhor velejador do mundo o inglês Ben Ainslie (Finn), os norte-americanos Paul Foerster e Kevin Burnham (470), o israelense Gal Fridman (Mistral), os austríacos Roman Hagara e Hans Peter Steinacher (Tornado), os espanhóis Iker Martinez e Xavier Fernandez (49er) e o brasileiro Robert Scheidt, todos campeões olímpicos. Completam a lista os norte-americanos Ed Baird (campeão mundial de Match Race) e Steve Fossett (recordista mundial de Volta ao Mundo sem Parada por Equipes) e o francês Francis Joyon (recordista mundial de Volta ao Mundo sem Parada Individual).
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