| Arquivo |  | | | Francisca Edwiges Neves Gonzaga. |
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Francisca Edwiges Neves Gonzaga conhecida popularmente como Chiquinha Gonzaga, nasceu em 17 de outubro de 1847 numa família humilde do Rio de Janeiro. Mulher audaciosa de muita fibra extravasava seu temperamento e manifestava sua vontade própria através da música. Compositora, maestrina, pianista e professora de piano, Chiquinha Gonzaga revelou seu talento musical desde pequena, foi uma das primeiras pianistas em todo Brasil. Aos 16 anos casou-se pela primeira vez e teve três filhos, João Gualberto, Maria do Patrocínio e Hilário. Mesmo após o casamento, passar a ter boa situação financeira e freqüentar a alta sociedade, Chiquinha não era feliz. Seu comportamento era diferente das outras mulheres casadas, ela não era submissa e nem obediente ao marido, possuía personalidade forte. Sua atenção era totalmente voltada à música, passava todas às tardes tocando piano, fato que desfiava e incomodava muito o marido. Com a inevitável separação vieram as críticas e punições, Chiquinha foi expulsa da família, declarada como morta e proibida de ver seus filhos. Casou-se pela segunda vez aos 29 anos e teve mais uma filha, Alice. Mais tarde separou-se novamente. Chiquinha Gonzaga transformou então seu piano em instrumento de trabalho e ingressou profissionalmente na música. Dava aulas de piano, compunha e musicava várias peças teatrais. Freqüentava todos os tipos de manifestações musicais, Saraus, Pagodes e até mesmo meios boêmios sendo severamente condenada pela sociedade. Em 1899 inspirada no Cordão Rosa de Ouro, Chiquinha compôs a primeira marcha carnavalesca, O Abre Alas, que mais tarde tornou-se o maior sucesso de sua carreira. Em 28 de fevereiro de 1935, Chiquinha Gonzaga morre aos 87 anos deixando grandes composições, entre elas, Corta Jaca, O Forrobodó, Lua Branca e O Abre Alas, seu maior sucesso.
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