A dificuldade em atingir o orgasmo é mais comum do que imaginamos. Entenda o porquê e ultrapasse a barreira para o prazer em um exercício estimulante
Anorgasmia. Talvez você nunca tenha ouvido este termo, mas provavelmente já experimentou a frustração de seu significado. A palavra designa a incapacidade de se chegar ao orgasmo - infelizmente, comum na vida de muitas mulheres. "O ciclo sexual masculino é formado por excitação, ereção, ejaculação e orgasmo, o feminino não é tão seqüencial. "A mulher pode ter o desejo, mas perdê-lo no meio do caminho", explica a sexóloga Creusa Dias. "Apesar de ter adquirido consciência de sua sexualidade, após séculos de quase total submissão, a mulher ainda enfrenta obstáculos na realização sexual. Conhecer as causas desta situação é o primeiro passo para solucionar tal dificuldade", com seu prazer. Diga a si mesma: "eu mereço ter orgasmos!" e treine para isso. Preparada? Aquecimento Cerca de 30% das mulheres brasileiras não conseguem atingir o orgasmo, segundo pesquisa feita em 2003 pelo Prosex. Coincidência ou não, esta também é a porcentagem do número de entrevistadas que jamais se masturbou, de acordo com a mesma pesquisa. "A mulher que desconhece a masturbação demora mais para descobrir o prazer sexual". A psiquiatra aconselha um exercício que pode ser praticado em qualquer lugar e hora: basta contrair e relaxar os músculos da vagina. "Este exercício ajuda a mulher a romper diversos bloqueios, obtendo um maior domínio dos músculos vaginais". Por dentro do percurso De acordo com a sexóloga Creusa Dias, o orgasmo tem quatro fases: 1. Desejo Nesta fase não há modificações físicas, mas psicológicas e emocionais. Fatores como beleza, atitude e personalidade são analisados e valorizados, determinando o grau de interesse pelo parceiro. 2. Excitação Aqui ocorrem os primeiros sinais da estimulação sexual, como a lubrificação da vagina e alongamento do canal vaginal, ereção dos mamilos, aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca. É nesta fase que o corpo da mulher se prepara para o ato sexual. 3. Orgasmo As evidências fisiológicas do orgasmo são as contrações rítmicas da vagina e da musculatura do períneo - características comuns a todas as mulheres. O que varia de pessoa para pessoa é como o orgasmo é sentido: algumas o experimentam de forma suave, outras intensamente. Há, ainda, quem chore, as que têm crise de risos, quem grite, quem fique em silêncio... 4. Resolução Depois do orgasmo inicia-se um processo de redução da congestão vascular e a liberação das tensões musculares, até que o organismo volte ao estado de antes da estimulação.
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