| | | Didiu |  | | | | Criação do Núcleo de Jornalismo Comparado é iniciativa da ECA-USP. |
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O Núcleo de Jornalismo Comparado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP criou o Observatório Brasileiro de Mídia. A iniciativa pretende ser mais um espaço para a pesquisa científica da comunicação no País. O projeto é realizado em parceria com o Instituto Observatório Nacional e com o Media Watch Global, observatório internacional dos meios de comunicação, sediado na França. No lançamento do programa, na Eca, foram divulgados os resultados do primeiro levantamento, referente às eleições municipais de São Paulo. "Pesquisamos as notícias que citavam os candidatos à prefeitura nos cinco jornais de maior circulação: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Agora e o Diário de S. Paulo", diz Carlos Carolino, coordenador do projeto. "Analisamos de forma interpretativa o conteúdo e o título das matérias e pudemos classificá-las como positiva, neutra ou negativa em relação ao candidato ao qual se refere. Uma notícia é considerada positiva quando pode agregar votos a um determinado candidato; negativa, quando atinge a imagem do político e prejudica seu desempenho eleitoral", comenta. A diferença entre o Observatório Brasileiro de Mídia e os demais órgãos que avaliam o conteúdo produzido pela imprensa é o que Carolino chama de "morfômetro" - uma espécie de índice que mede o destaque das matérias pelo seu tamanho e presença de fotos ou infográficos. "Os dados obtidos com o morfômetro são cruzados com a avaliação positiva, neutra ou negativa da matéria, propiciando observação mais acertada do comportamento do veículo na cobertura do evento", explica. Avaliação independente - O observatório não objetiva comentar ou analisar políticas sobre os resultados das pesquisas. "A idéia é levantar e apresentar dados concretos sobre a imprensa. Deixamos para outras pessoas avaliar se os jornais cobriram de forma adequada as eleições ou se cometeram injustiças", esclarece. As eleições, pela importância que têm para a sociedade e para a mídia, foi o primeiro passo", afirma Carolino.
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