O jornalista é um profissional que tem a obrigação de fazer seu público pensar.
É só apertar o botão on-off do controle remoto e esperar alguns segundos que surge em nossa frente um cardápio com diversas opções para ver o melhor do sensacionalismo na nossa telinha particular. São poucas as emissoras de televisão que se dedicam a programas de conteúdo produtivo. Bem, talvez o significado da palavra "produtivo" não seja o mesmo para todas as pessoas. Neste caso, quando cito esta palavra, me refiro às emissoras e programas que não vivem de sensacionalismo, de falta de ética e muito menos da falta de respeito ao cidadão. Ética - pelo menos é o que ensinam na faculdade - deveria ser o espelho do jornalismo e dos que atuam nesta área. Passar confiança, credibilidade, conhecimento e imparcialidade nas informações é a verdadeira função do jornalista. Mas, convenhamos, essa regra parece não se aplicar a todos os profissionais. É uma pena, e uma vergonha ver que o nosso jornalismo virou palco de façanhas policiais, mortes, brigas de casais. Afinal, é isso que temos a honra de assistir diariamente nos canais abertos de televisão. Comunicar não significa colocar aos olhos do telespectador tudo o que ele quer ver. O jornalista tem a obrigação de fazer seu público raciocinar. Índices altos de audiência podem ser adquiridos com outras formas de cativar o público. Se cada vez mais os comunicadores abastecerem seus leitores com "alimentação" ruim e improdutiva, é isso que a sociedade irá colher nas próximas gerações. Nota do Editor: Caroline Petian é estudante de Comunicação.
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