Ao inaugurar o parque central da obra, Alckmin diz que São Paulo concretiza o sonho de substituir a Casa de Detenção por um grande parque.
| Sérgio Andrade | | | | Governador praticou arvorismo durante a visita. |
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A população de São Paulo ganhou neste domingo, dia 19, a ampliação de mais uma área verde e de lazer. O governador Geraldo Alckmin entregou a segunda fase do Parque da Juventude, denominado Parque Central. Seus 95 mil m² incluem um conjunto de atrativos para os visitantes como o arvorismo (modalidade de esporte que permite andar pelas árvores em caminhos suspensos), e um viveiro. Toda esta estrutura integra um projeto paisagístico especialmente desenvolvido para a implantação do Parque Central, onde o Governo do Estado investiu R$ 6,3 milhões, por meio da Secretaria da Juventude Esporte e Lazer. "Este é um sonho de São Paulo que está sendo concretizado: ter um belo parque, uma área verde, uma maravilhosa Mata Atlântica preservada, no lugar onde havia a maior penitenciária do mundo, que chegou a abrigar 8 mil presos", afirmou Alckmin. O governador, acompanhado de Lu Alckmin, presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado e de vários secretários, percorreu todos os setores do parque e caminhou por uma trilha da Mata Atlântica, onde se pode praticar o arvorismo - tipo de esporte que permite andar pelas árvores em caminhos suspensos. Alckmin mostrou seu espírito esportivo e subiu até o topo de uma arvore, andou entre as copas, superou os obstáculos e deslizou até o solo, por uma tirolesa. Há um ano, o Parque da Juventude mudou a paisagem na Zona Norte, ao substituir a Casa de Detenção do Carandiru, por uma grande área verde. A primeira fase do Parque, entregue em setembro de 2003, incluiu instalações esportivas como pista de skate, dez quadras (onde são praticados esportes como tênis, vôlei, futsal e basquete). Há ainda áreas de descanso, vestiários e pista para caminhada. Nesta etapa o Governo investiu recursos de R$ 7,2 milhões. O Parque Central, entregue neste domingo pelo governador, tem cerca de 95 mil m² de área verde, com alamedas, jardins, bosques, árvores ornamentais e frutíferas. Os morros que ali foram implantados formam espaços que proporcionam ao visitante uma sensação de privacidade e aconchego, uma das marcas do parque. Também foi instalada uma grande estrutura metálica central em aço e duas laterais que abrigam as escadarias permitindo o acesso a locais exclusivos para observação do parque. As antigas passarelas de vigia da muralha do antigo presídio, que foram preservadas, é uma atração para quem quer conhecer a área, passear ou observar a natureza. O projeto de arvorismo visa proporcionar muita emoção aos visitantes. Inicialmente, serão instaladas cinco plataformas em diversas alturas para que o público possa caminhar entre as árvores. Depois, serão acrescidas mais dez plataformas. No Parque Central também serão oferecidos cursos de segurança em esportes de aventura e formação de monitores para este nicho da indústria do turismo, que capacitará profissionais para atuarem no próprio parque e em vários pólos no Estado. O local tem ainda um viveiro onde serão preparadas as mudas e espécies arbóreas originais da Mata Atlântica. Para o início de 2005, haverá uma programação de educação ambiental dirigida a alunos da rede ensino estadual, municipal e particular. A terceira fase do Parque da Juventude será entregue em 2006 e inclui os prédios institucionais. "Nessa área, vamos implantar escolas técnicas profissionalizantes, inclusão digital, saúde, cultura, e atividades do terceiro setor", informou Alckmin. Sua entrada será localizada em frente à estação Carandiru do metrô, facilitando o acesso não só da população da Zona Norte, mas de toda a Capital. Recuperação do Córrego Carajás O Parque Central é cortado pelo Córrego Carajás, que vai desembocar no Rio Tietê. A Sabesp atua no bairro de Santana e adjacências para que o curso d’água passe pelo parque com águas 70% mais limpas do que atualmente, e isso ocorrerá em outubro próximo. Isto é mais um ponto positivo que a reurbanização do Parque trará para a região. Duas pontes de piso de madeira ipê e da mesma estrutura metálica fazem a ligação entre o parque atual e sua área de expansão futura.
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