| Wander Roberto / COB |  | | | A jogadora Janeth durante visita ao Pathernon, em Atenas. |
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O treinador Antonio Carlos Barbosa e as jogadoras da Seleção Brasileira de basquete não escondem: sua pretensão nos Jogos Olímpicos de Atenas é chegar à final e lutar pela inédita medalha de ouro. Depois da prata em Atlanta-96 e do bronze em Sydney-2000, a seleção liderada pela experiente Janeth tenta subir no degrau mais alto do pódio olímpico com uma combinação bem equilibrada de veteranas e estreantes na competição. A Seleção Brasileira participa pela quarta vez consecutiva dos Jogos Olímpicos. A primeira foi em Barcelona-92, quando as brasileiras terminaram em sétimo lugar. Quatro anos depois, em Atlanta, o Brasil conquistou a medalha de prata comandado por Paula e Hortência. Em Sydney, a seleção ganhou o bronze, confirmando o Brasil como uma das forças do esporte. Do grupo que chegou a Atenas, seis atletas participaram dos últimos Jogos Olímpicos: Adrianinha, Helen, Janeth, Alessandra, Cíntia e Kelly. Karla, Vivian, Silvia, Iziane e Érika disputarão pela primeira vez um torneio olímpico. Janeth é a mais experiente do grupo. Aos 35 anos, ela é a única jogadora que defendeu o Brasil nas três participações olímpicas. Para ela, que também conquistou o título mundial pelo Brasil, em 1994, na Austrália, e foi tetracampeã da liga americana de basquete (WNBA) pelo Houston Comets, só falta o ouro olímpico. "Ninguém chega aos Jogos Olímpicos para perder. Nossa seleção tem tudo para fazer a final", acredita. A estréia brasileira nos Jogos Olímpicos está marcada para o próximo sábado, dia 14, contra o Japão, às 16h45 (10h45 de Brasília). As brasileiras estão no grupo A e terão ainda como adversárias na primeira fase Grécia (dia 16), Rússia (18), Nigéria (20) e Austrália (22). No grupo B estão as seleções dos Estados Unidos, atual campeã olímpica e mundial, Espanha, China, República Tcheca, Coréia do Sul e Nova Zelândia. Embora confiante, o treinador Antonio Carlos Barbosa sabe que o Brasil encontrará dificuldades desde a primeira partida. "Os fracos ficaram pelo caminho. Quem chegou a Atenas são as seleções que sabem jogar", afirma o treinador, que pôde observar de perto algumas das equipes que enfrentará na primeira fase no quadrangular que o Brasil disputou na Ilha de Creta, última fase da preparação antes da chegada à Vila Olímpica. "A Nigéria endureceu o jogo com o Brasil, tem duas jogadoras na WNBA. É um time africano americanizado. A Austrália tem muita tradição e conta com uma jogadora excepcional, a Lauren Jackson, uma das melhores da WNBA", afirma Barbosa, que também aponta a Rússia como uma das favoritas do grupo. "Além disso, a Grécia, que o Brasil venceu em Creta, tem um time arrumadinho. E o Japão joga no estilo asiático, que costuma dar trabalho." A chave para uma boa estréia, conclui Barbosa, será usar a arma do adversário: a paciência.
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