Uma catadora de papelão fez esta pergunta na praça em que acontecia a Feira Nacional do Livro, em Ribeirão Preto. Em seguida disparou: "É pro meu menino. Quero que ele seja alguém na vida". A história, real, é base para a discussão do papel social do livro pelo jornalista e responsável pela elaboração e coordenação do Programa Fome de Livro, Galeno Amorim. Esta e outras reflexões fazem parte do lançamento da editora Contexto "Práticas de cidadania", organizado por Jaime Pinsky. No Brasil cerca de 40% da população é analfabeta ou semi-analfabeta. Alarmado com os índices, que só fazem crescer, Amorin disserta em "Práticas de Cidadania" sobre o papel do livro no imaginário coletivo e a idéia de que ele é indispensável para o processo de formação do conhecimento e para o desenvolvimento social. Como solução, ele aponta as medidas tomadas em Ribeirão Preto que, até 1990, apesar da população de 500 mil habitantes, não tinha, sequer, uma biblioteca. Lá foi implementada a Lei do Livro e desenvolvido o Programa Ribeirão das Letras. Estas e outras iniciativas de estímulo à leitura fizeram da política pública da cidade exemplo internacional. Hoje, a maior parte daquela população tem acesso à leitura. Amorim defende a parceria de ONG’s com o setor público, apostando que ações de cidadania somadas a políticas eficientes podem fazer dos resultados de Ribeirão a realidade do País. "Práticas de Cidadania" ainda contém relatos de co-autores como Claudia Costin, Eduardo Capobianco, Gilberto Dimenstein, Marina Silva, Milú Vilella, Oded Grajew, Paulo de Mesquita Neto e Stephen Kanitz, dentre outros, cada qual falando sobre suas área de atuação. FICHA TÉCNICA
TÍTULO: Práticas de Cidadania AUTORES: Vários autores - ORGANIZAÇÃO JAIME PINSKY PÁGINAS: 288 FORMATO: 16 X 23 PREÇO: R$ 39,90
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