Até pouco tempo atrás, atletas brasileiros que não conseguiam trazer para o Brasil um bom número de medalhas tinham duas boas desculpas: a falta de investimentos de empresas e do governo nas modalidades esportivas e a falta de tecnologia na infra-estrutura de pistas de atletismo, quadras, ginásios e centros olímpicos. A partir deste ano, porém, um desses problemas começa a ser resolvido de maneira bastante intensa no Brasil. Pisos, pistas e construções e equipamentos com alta tecnologia estão sendo os grandes aliados dos atletas durante seus treinamentos para as Olimpíadas de Atenas para aumentar seus rendimentos, evitar lesões, diminuir o cansaço e, conseqüentemente, melhorar a performance. Um bom exemplo são os atletas da Seleção Brasileira de Atletismo, que durante muito tempo reivindicaram melhores condições para seus treinos e que, hoje, possuem uma pista de primeiro mundo, localizada na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo. Fabricada com manta sintética importada da Alemanha, as pistas modernas existentes no Brasil já contam com uma tecnologia capaz de diminuir o impacto dos atletas durante as corridas e saltos, evitando e atenuando as lesões e prolongando a vida profissional do esportista. Com a escolha do Rio de Janeiro para sediar os jogos Panamericanos de 2007, as obras na área de esporte que primam pela qualidade dos materiais utilizados já é uma realidade. Em Engenho de Dentro, as obras para a construção da mais moderna pista de atletismo do Brasil já começaram e são apenas um pequeno pedaço do que será o mega estádio olímpico de R$ 116 milhões, com arquibancadas, alambrados, iluminação e materiais de primeira linha. Outro setor em franca evolução tecnológica é a indústria têxtil voltada para o esporte, que também começa a preocupar-se com o aumento do desempenho do atleta de acordo com aquilo que ele veste. Roupas são desenvolvidas através de pesquisas que indicam a maneira de dar mais comodidade, bem-estar e conforto aos esportistas, como o fio poliamida que protege o corpo dos atletas de raios solares e tem ação antibacteriana ou os fios que permitem que o suor atravesse o tecido e deixe o atleta mais seco ou, ainda, aqueles que mudam de cor conforme a temperatura do atleta e uniformes com corte a laser e fusão em vez de costura. Já não é novidade os grandes investimentos de empresas fabricantes de tênis, chuteiras e calçados esportivos que auxiliam a diminuir o cansaço físico causado pela falta de amortecimento dos equipamentos comuns e garantem um melhor desempenho nas diversas práticas de esporte. Além disso, o setor de materiais esportivos como bolas, redes, tacos, raquetes, entre outros, procura acompanhar o desenvolvimento tecnológico, produzindo materiais cada vez mais leves, sofisticados e eficientes, inclusive no desenvolvimento de novos softwares e equipamentos que vêm auxiliando a medicina esportiva na recuperação cada vez mais rápida das lesões e no desenvolvimento e longevidade dos atletas.
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