Diz o velho ditado que quem foi para Portugal, perdeu o lugar. Nesses tempos globalizados, muitos dos velhos ditados perderam o sentido, e esse é, sem dúvida, um deles. Quem for para Portugal e participar da última grande exposição mundial do milênio, que está sendo realizada em Lisboa sob o tema: "Os Oceanos, Um Patrimônio para o Futuro", estará realizando uma grande volta ao mundo, com direito ainda a uma escapadela para o futuro. A última exposição do século XX, deu aos portugueses, a oportunidade de mostrar a seus irmãos participantes da comunidade européia, que Portugal tem intenções de ficar em condições de igualdade com seus vizinhos mais desenvolvidos.

O tema escolhido comemora o 500° aniversário da descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama, enfatizando o pionerismo de Portugal.

Com muita criatividade e tecnologia a EXPO não decepcionará nem os mais exigentes dos visitantes. Se você não for para Portugal, pode perder o lugar nessa nave da história.

A EXPO'98 foi construída numa área de aproximadamente 600.000m², situada na zona oriental de Lisboa, estendendo-se numa faixa de 5km margeando o rio Tejo. A apenas 10 minutos do aeroporto internacional de Lisboa, a 5km do centro da cidade e a 5 minutos do eixo rodoviário das principais auto-estradas de Portugal, não oferece nenhuma dificuldade de locomoção para o visitante.

Basicamente, a exposição é dividida em Pavilhões, Área Temáticas, Exposições e Espaços Cênicos. Os pavilhões, são sem dúvida, um dos pontos altos da Exposição. Com muita criatividade e tecnologia são os que provocam as maiores filas, não devendo, no entanto, ser este um fator desanimador. As áreas temáticas foram divididas em área internacional sul - com os países participantes do hemisfério sul -, área internacional norte - com os países do hemisfério norte -, área das organizações internacionais e área dos participantes nacionais. As Exposições abrangem temas variados como: Leonardo da Vinci, Porcelana, Conchas e até há uma sobre o mundo da Coca-Cola.

Dentre os Espaços Cênicos, temos teatros, anfiteatros, praças, palcos, áreas abertas e Jardins.

Através do passeio por quatro setores expositivos, o visitante descobrirá como se deu a evolução da relação do homem com o oceano. Desde o aprendizado da navegação até sua exploração.

As filas, corredor de entrada, dois inter-setores, nave e saída, fazem parte do percurso expositivo que agrega vários tipos de recursos como maquetes e teatro virtual.

O pavilhão do futuro visa conscientizar o visitante da importância do oceano como patrimônio para o futuro da humanidade. A viagem começa na sala do atlas onde é apresentado um filme sobre nossa relação com o ambiente desde os primórdios até nossos dias. Com uma direção estupenda, o filme comove e preocupa. Depois, o visitante passa para uma outra sala de projeção onde verá um filme sobre o oceano ameaçado; um espetáculo em 3D com efeitos em laser e outras surpresas que, invariavelmente, emocionam os presentes, desencadeando sempre efusivos aplausos ao final. Terminada as sessões de cinema, passa-se para outros ambientes, onde se poderá apreciar alguns dos mais avançados projetos de investigação e exploração do oceano. Através de uma rampa helicoidal de 200m de comprimento são mostrados os vários ambientes do oceano.

Na verdade, o Pavilhão da Utopia é um enorme teatro com capacidade para 10.000 pessoas. O espetáculo apresentado fala de maneira humorada sobre o oceano como um espaço aberto à imaginação, criatividade e sonho.

O espetáculo se inicia com Dédalo, um homem que cai no abismo, no nada. Ele chama "mamã" várias vezes, não obtém resposta e acaba por atingir o solo. Ao provocar uma faísca, Dédalo desencadeia o Big-Bang. Depois do Big-Bang, aparecem os Deuses que vivem no oceano e que brigam entre si. Aí vem a conquista dos Mares, os naufrágios, a descoberta de uma cidade atlântida e a transformação de Dédalo em cosmonauta.

A peça dura 30 minutos e não pode deixar de ser vista.

Esse pavilhão é um dos mais visitados da EXPO. As filas podem chegar a 4 horas. São mais de 15.000 exemplares de cerca de 200 espécies espalhadas em 10.000m³ de volume de água.

Os habitats foram escolhidos em função de sua diversidade e beleza natural, e foram divididos em quatro: um Recife de Coral do Oceano Índico, as Costas Rochosas do Oceano Pacífico, o Antártico com direito a uma grande colônia de Pingüins e a Costa dos Açores no Oceano Atlântico.

Com avançadas tecnologias de Realidade Virtual, o visitante fará um passeio pela Oceania. As simulações fazem uso de capacetes estereoscópios, plataformas ou cadeiras animadas e sincronizadas com imagens, e ainda joysticks para maior interação dos usuários.

São reservados lugares especialmente projetados para os deficientes físicos.

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