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A história do surf de Ubatuba

Estamos em 1959, e apenas alguns privilegiados brasileiros já conheciam o Hawaii, ou mesmo o nome Duke Kahanamoku, o grande campeão e divulgador do surf moderno. Nesta época, o Rio de Janeiro já recebia os primeiros surfistas com pranchas de madeirit cortando suas ondas e Santos tinha muitas pranchas, mas apenas jacarés, como eram chamadas aquelas pranchas com o bico virado para cima e com abertura lateral para segurá-las. E é nessa mesma ocasião que a verdadeira história do surf em Ubatuba tem sua origem.

Quebrando em alto mar - Acima de 12 pésFreddy Jacob - 25/09/1999
Foto: © Luiz Felipe AzevedoFoto: © Luiz Felipe Azevedo

Só os mais antigos ubatubenses se lembram de como eram nossas praias há mais de 35 anos. Muito mato, estradas ainda precárias, pouquíssima ou quase nenhuma infra-estrutura, energia elétrica sempre em falta, assim como diversos itens básicos. A praia da Enseada possuía salgas e as traineiras costumavam descarregar cardumes de cações ali mesmo na praia. Ir à praia Grande, hoje a mais popular da região, era uma aventura perigosa, pois além de possuir difícil acesso era considerada mal-assombrada.

Mas, alguns são realmente mais destemidos do que outros. E um destes foi João Jaschke, o conhecido alemão do canto esquerdo da Enseada e profundo amante do mar. Seu filho, Rheiny, já conhecedor do mundo do surf, convenceu o bravo João a comprar a primeira prancha de surf de Ubatuba, uma Glaspac MK2. Então, Rheiny Jaschke, com seu amigo Roberto Ferrari (considerado o "desconhecido" pai do surf da região), foram os primeiros a surfar em Ubatuba nesta época.

A partir do começo dos anos 60, os então moleques, que até ali só queriam saber de taco, futebol e de brincar de carrinho na areia, passaram a disputar a tapa a vez, apenas para ficar remando na parte rasa e mansa da praia. Algumas dessas crianças, que enfrentavam com suas famílias mais de seis horas de estrada no trecho São Paulo - Ubatuba, apenas para poder usufruir o enorme prazer de estar em Ubatuba, acabaram por divulgar e introduzir em definitivo o surf em Ubatuba (os irmãos Paulo e Ricardo Issa).

A moda se espalhou, e durante esta década começaram a surgir várias pranchas e surfistas por aqui. Dú Neumann foi um destes precursores, tanto que foi o primeiro a se mudar para Ubatuba por causa do surf, já na década de 70 (leia-se Construtora Litoral).

Neste período, uma geração inteira de jovens surfistas fanáticos já transitava por aqui. Adolescentes como Zé Maria Morgadi, Mário Macedo, Bruno Broggi, Luiz Felipe Azevedo, Jean Claude e Pierre Progin se juntavam aos "mais velhos", como Bruzzi, Kako, Willy, Paulo e Ricardo Issa, Carlão e Ricardo Petrarca, Maringá, Pinga, Pinguinha, Olavinho e Fabinho Madueño. Surgia também nesta época o primeiro surfista ubatubense, que foi o Ageu, seguido de vários outros.

A partir do primeiro campeonato brasileiro aqui realizado em 72 pela iniciante Associação de Surf de Ubatuba, o surf foi definitivamente implantado em nossa cidade. O que vem depois disso muitos já sabem, como o Zecão, Rafael da Costa Norte, Acqua Surfboards e outros, sendo que o auge foi o campeonato internacional Sundek, no final da década de 80, época em que despontava como fotógrafo profissional o local Alberto Sodré, nosso querido "Beto Cação" e sua BWE. Daí para frente, devido aos mandos e desmandos de administrações e diretorias de associações, o surf em Ubatuba desandou. A década de 90, apesar de não ter trazido nada de significativo para a cidade, produziu talentos que fizeram história, como o bicampeão brasileiro de Surf Profissional Ricardo Toledo, o mega-star Tadeu Pereira, o emergente Odirlei Coutinho e Edgard Bischof, entre outros.

Atualmente as praias mais procuradas para a prática do surf são: Félix, Itamambuca, Vermelha do Norte, Vermelhinha (praia Vermelha), Grande e Toninhas.

Félix - Foto: © Luiz Felipe Azevedo Itamambuca - Foto: © Luiz Felipe Azevedo Vermelha do Norte - Foto: © Luiz Felipe Azevedo
Vermelhinha - Foto: © Luiz Felipe Azevedo Praia Grande - Foto: © Luiz Felipe Azevedo Toninhas - Foto: © Luiz Felipe Azevedo

FONTE
Luiz Felipe Azevedo - 1999
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