Resta-me agradecer os elogios que Marcelo Mittestainer Resende dirigiu ao meu trabalho ou ao meu gosto pelo trabalho. Aliás sempre digo para os amigos que não me sinto trabalhando, tudo que faço, faço pelo gosto de produzir e somar na construção de um mundo solidário. Com relação à presidência da Fundart não podemos nos esquecer que estamos na metade do mandato da atual diretoria executiva, neste momento devemos organizar o ano e trabalhar para que seja um ano produtivo. Um dia tive a pretensão da presidência, não a tenho hoje, não sei se terei no futuro, não me sinto capaz e não faço o que eu faço com este objetivo. Antes de qualquer coisa devo satisfações aos integrantes do grupo setorial que coordeno e não somente aos meus anseios. Tanto que pela minha vontade, nem teria me candidatado para 2006. Com relação à Fundart sempre acreditei que faltava dinheiro para que ela funcionasse, continuo acreditando que falta dinheiro, para a Cultura mas, para a Fundart, neste momento, não é dinheiro que faz falta. O mandato de um ano para o Conselho Deliberativo e de dois anos para a Diretoria Executiva, provoca fendas na continuidade e no aprimoramento das relações da Fundart com a comunidade. Devemos pensar em uma formula para que isto não aconteça e que um eventual mandato maior para o Conselho não signifique em sacrifício para os coordenadores dos Grupos Setoriais. Sabemos que o trabalho é voluntário e se feito com seriedade obriga a diversas reuniões mensais e contatos quase que diários com a Diretoria Executiva. É isso que fizemos, tanto eu, citado pelo Marcelo, quanto os outros coordenadores em 2005 que infelizmente ele esqueceu de citar. Talvez este ano o Conselho Deliberativo consiga oferecer algumas sugestões para as devidas alterações no Estatuto da Fundart. Este é um trabalho que todos anseiam e que deverá ser feito com critérios, pois demandará a aprovação do Prefeito e da Câmara de Vereadores. Não é só lápis e papel, ou do dia para a noite como alguns querem crer. Tudo o que sofremos com as divergências políticas é pela falta de uma política Cultural para Ubatuba e é nesse sentido que devemos trabalhar, seja na crítica ou no elogio.
Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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