Passar um dia em uma aldeia indígena, experimentar os pratos típicos, participar dos rituais, aprender técnicas de artesanato. Os turistas que visitarem a região de Parati Mirim, em Paraty (RJ), poderão conhecer todas essas práticas diárias da comunidade dos índios guaranis que vivem no local. Para transformar a reserva indígena existente no Parque Estadual de Parati Mirim em um pólo turístico, o Instituto do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico Nacional (Iphan), o governo do estado do Rio de Janeiro e a Associação dos Índios Tupi Guarani-Awá Ropjedú assinaram na sexta-feira (30/9) um protocolo para a criação de uma aldeia ecoturística. Para o pajé Tobi Itaúna, o projeto vai resgatar a cultura da comunidade. "Nós estamos passando por dificuldades financeiras e temos sofrido carência alimentar. Temos esperança de que com a implantação desse projeto, nossos índios tenham condição de viver com dignidade novamente", disse o pajé. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Maurício Chacur, disse que até o fim de 2006 a aldeia ecoturística já estará pronta para os primeiros visitantes. "A idéia é recuperar a cultura e a tradição dos índios e formar um produto turístico, criando uma aldeia auto-sustentável, capaz de gerar renda para os índios." O secretário acredita, ainda, que o projeto vai servir de exemplo para iniciativas semelhantes em outras áreas indígenas. "É um projeto tão interessante e meritório que poderá ser replicado em outras comunidades indígenas do país", acrescentou.
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