Em dezembro as irradiações do Amor Divino vão descendo sobre a Terra produzindo uma atmosfera especial, geradora da alegria de viver, mas o Amor está caprichando na severidade para despertar a humanidade de seu torpor diante da magnitude da vida. O Brasil completou 200 anos de independência, mas infelizmente de lá para cá pouca coisa mudou. No passado, o sistema afastava aqueles como José Bonifácio e Pedro II cujo patriotismo almejava o bem e o progresso da nação. E ainda hoje todo o desmazelo com o país se espelha no aumento da precarização geral da vida. Vamos todos cuidar do Brasil com seriedade. Governantes, oposição, cidadãos, empresários e sindicatos, todos dialogando com vistas ao bem do país, mas ao cobiçarem o bolo, provocam divisões. As comunicações poderiam prestar grande ajuda. Como foi possível que um país dotado de tantos recursos não se libertasse do atraso e da miséria? Faltam educação para a vida e estadistas honrados. Há décadas a população brasileira vem sendo submetida a processo de emburrecimento: pão, circo, bebida, fumo e orgias. Autoritarismo, obscurantismo e tirania são as consequências da democracia usurpada por interesses particulares. Envolvido por narrativas que se contrapõem, o Brasil viveu quatro anos de bombardeio sobre um só. Por quê? O que o cidadão teria feito de tão ruim para ser tratado de forma tão hostil? O futuro mostrará o que se passou. Na Copa 2022, numa partida com emoção e lances aparentemente casuais, o time brasileiro perdeu. Seria um desfecho determinado pelos fios do destino de todos, um sinal para os brasileiros? O país precisa entrar no rumo certo. Chega do imediatismo secular que tem caracterizado a administração pública. O gasto do dinheiro público deve promover o progresso real. Durante décadas temos sido expostos ao pior negativismo, gerando apagão mental e perda do bom senso. Os países têm sido geridos com desvios e desequilíbrio geral, nas contas internas, externas e na balança comercial. O presente é consequência de ações passadas, e sem mudança do querer para o bem, a má colheita será inevitável. Não é fácil conhecer a história e o que de fato aconteceu. Por séculos a Igreja criada por Constantino exerceu forte influência na vida. Com o desenvolvimento do comércio, da economia e do dinheiro foram surgindo outras forças influenciadoras. Lutero e Calvino queriam mais liberdade na fé cristã. As elites queriam quebrar as amarras que travavam os negócios, e tudo foi sendo misturado, religião, política, economia, mas as explicações de Jesus sobre a espiritualidade permaneceram apartadas da vida. Os bens terrenos não devem ser desprezados, mas o mundo atual é consequência de tudo isso e do apego ao mundo material que foi se tornando cada vez mais forte. Grande parte da humanidade está desiludida porque, primeiramente, não entendeu o significado da vida; depois aceitou os ilusórios lenitivos apresentados e finalmente percebeu o vazio de sua existência. Sem saber o que fazer, muitos se tornam consumidores de drogas. Há os que se revoltam com a situação de vida e vão buscar consolo nas teorias socialistas. Assim, por séculos, a humanidade não está cumprindo o seu papel na Terra, e vai esparramando ruína e miséria em vez de floridos jardins e progresso. Lamentável que a humanidade esteja nessa situação de guerras, mortes, sofrimentos e misérias. Com tantos filósofos, religiosos, economistas e demais especialistas, o conjunto da intelectualidade não conseguiu a fórmula para um viver pacífico de progresso e evolução. Um fato terrível que deveria despertar indagações sobre as causas de tudo isso estar acontecendo. Ao invés de contribuir de forma benéfica para o planeta, as pessoas fizeram o contrário, semeando ruína e feiura pelo mundo. Onde estão os melhores intelectos do mundo que deixaram a decadência correr livremente, contaminando a espécie humana? Faltou espírito, faltou coração. Será que o mundo voltará a um período de calmaria e esperança? O que nos reserva o ano de 2023? Como a humanidade enfrentará o difícil futuro que se aproxima num mundo dominado por falsidades e propósitos inconfessáveis? Quando a evolução espiritual da humanidade se tornar a prioridade da vida, a democracia alcançará grau de aperfeiçoamento jamais visto, e o Natal será uma solenidade de puras graças pela vida. Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br
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