Sempre admirei pessoas que, por merecimento, ocupam altos cargos, mas são humildes e extremamente simples. Não se deixam deslumbrar pelo poder. São espíritos elevados que têm consciência da efemeridade da vida. Sabem que é uma passagem, têm consciência que tudo aqui é transitório. Gosto de contar uma história em que um turista visitando a Índia, foi procurar um sábio famoso internacionalmente. Quando chegou à casa dele, ficou impressionado com a simplicidade que encontrou. Não havia quase nada, nenhuma decoração, então lhe perguntou: - Onde estão os seus móveis? O sábio respondeu com outra pergunta: - Onde estão os seus? O turista disse: - Mas eu estou aqui de passagem... E o sábio: - Eu também! Podemos observar que há pessoas muito cultas, ocupando cargos importantes, mas não têm humildade, são arrogantes e se acham superiores aos outros. Estudaram muito, mas não têm riqueza interior e deslumbram-se facilmente. Basta conseguirem um cargo melhor, para menosprezarem os seus subordinados. São indivíduos que vivem bajulando os superiores hierárquicos e humilham os que consideram inferiores. É lamentável, mas infelizmente, há muita gente assim. Depende da grandiosidade da alma... Conheci um Juiz de Direito muito inteligente, que era extremamente simples! Ainda jovem, tornou-se Desembargador, devido à sua grande capacidade intelectual. Sempre que eu ia procurá-lo, tratava-me com o maior respeito e consideração. Mas também conheci outros que eram orgulhosos e agiam como se fossem ‘seres superiores’... Por outro lado, existem aqueles que nunca estudaram, têm uma vida muito simples, mas são sábios na arte de viver. São doutores na escola da vida! Podem dar lições a muitos magistrados. Essas pessoas têm o coração puro e a alma de criança. São felizes com o pouco que possuem e sabem que desta vida nada levamos a não ser o bem que fazemos aos outros e o amor que espalhamos!
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