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Opinião
29/11/2022 - 05h34
As instituições democraticamente vilipendiadas
Dartagnan da Silva Zanela
 

Existem termos que são utilizados para justificar inúmeras ações, devido a sua significação positiva no imaginário das pessoas.

Devido a isso, e a nossa imensurável leviandade, um conceito descritivo, acaba muitas vezes servindo como um porrete para legitimar decisões que, literalmente, são o seu oposto.

A história nos dá testemunho de muitos casos onde esse fenômeno se fez presente e, infelizmente, continuará a estar no meio de nós por muito tempo, tendo em vista que não somos muito bons em aprender as lições que a Mestra da vida tanto nos ensina.

Um bom exemplo do que estamos procurando chamar a atenção são os usos que são feitos em torno daquilo que se convencionou chamar de “instituições democráticas”.

Já repararam que tudo passou a ser justificado em nome dessas palavras, inclusive agir de modo autocrático e discricionário? Então reparem.

Por favor, não estou tirando esse trem da minha moringa, estou apenas lembrando que, já faz algum tempo, que ministros da mais alta corte desse país, tomaram decisões que enveredam para essa direção.

Não nos esqueçamos que o direito à liberdade de expressão é uma das colunas fundamentais de uma democracia, da mesma forma que o é o livre acesso a informação.

Quando essas garantias passam a ser relativizadas para que, em nome das “instituições democráticas”, possa-se silenciar uma parcela da população que apenas e tão somente almeja levantar algumas dúvidas, para que sejam devidamente sanadas, será apenas uma questão de tempo para que outros tenham a sua voz tolhida, por outros motivos, mas sempre, é claro, em nome das tais “instituições democráticas”.

E de tanto ouvirmos esse tipo de justificativa, acabamos esquecendo que instituições que não resistem a questionamentos, que repudiam a presença de manifestações pacíficas, podem ser muitas coisas, menos algo que exale odores democráticos, mesmo que apresentem-se como se fossem.

E se nós comemoramos o cerceamento da liberdade de expressar-se daqueles que consideramos indignos de exercê-la, é porque, bem provavelmente, a palavra democracia, em nosso vocabulário, na melhor das hipóteses, já não diz muita coisa. Na pior, é melhor nem dizer o que parece ser.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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