Internet: sites, blogs, bligs. Jornais, tablóides. Livros, livros. Escândalos, escândalos... E eu aqui diante de um computador, identificando-me com Fernando Pessoa quando diz: “Começo a ler, mas cansa-me o que ainda não li / Quero pensar mas dói-me o que irei concluir / O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir / É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi”.

E continuo cansada e sem ideias diante da TV =Horário eleitoral. Enquanto certos candidatos vomitam os seus discursos vazios nos oferecendo pão e circo fico cá me sentindo o próprio maluco beleza, achando tudo isso um saco e sentindo falta de um macaco por perto para repartir a pipoca. Tem hora que esta vida me cansa, o que chega a ser uma incongruência de minha parte, já que vivo tentando consertar o mundo sem sair do canto nem dar um prego numa barra de sabão, esperando que a sociedade se transforme e funcione nos moldes preconizados por Stuart Mill (1848): ...“ao passo que ninguém é pobre, ninguém deseja se tornar mais rico, nem tem qualquer receio de ser empurrado para trás pelos esforços dos demais em se lançarem à frente”.

Até parece...