Para amar com amor de verdade, é preciso saber o que é o verdadeiro amor, uma vez que é fácil falar que amamos alguém, principalmente se sentimos aquela satisfação indizível, apenas com o fato de estar perto de um certo alguém, mas não é bem assim, e encontrei uma boa definição, lendo algo que induz a uma reflexão, por mostrar coisas que saltam aos olhos, mas que nem sempre observamos, como algo escrito pelo escritor Paulo Coelho, em sua "História Judaica", e um trecho que me chamou a atenção, foi uma história falando de uma conversa do rabino com seus discípulos, contando que havia descoberto como amar ao próximo. Dizia ele haver surpreendido um diálogo entre uma senhora e seu filho: "Você me ama?" O filho disse que sim. Então Esther insistiu: "Você sabe o que me faz sofrer?" "Não tenho a menor idéia", respondeu o filho. "Como pode me amar, se não sabe o que me faz sofrer? Procure descobrir rápido todas as coisas que me deixam infeliz, pois só assim seu amor será impecável. O verdadeiro amor é aquele que consegue evitar sofrimentos desnecessários." Efetivamente, é uma grande verdade, pois quando amamos alguém, normalmente procuramos saber o que poderemos fazer para agradar a pessoa que amamos, sempre tentando fazer tudo que possa agradá-la. Atendê-la nas coisas que gosta, acreditando ser essa a maneira normal de se demonstrar amor, ou seja, fazer tudo que sabemos que ela aprecia, para vê-la sempre feliz. Esquecemo-nos porém, de procurar saber o que poderá fazê-la infeliz, ou seja, as coisas que a desagradam, para evitar certas atitudes que poderão torná-la infeliz, ou que, pelo menos irão toldar essa felicidade, o que pode acontecer quando compramos um presente, por exemplo, esquecendo de procurar saber se realmente vai ser de seu agrado. Quantos presentes caros ficam jogados dentro de gavetas, porque aquele coisa tão linda que compramos não é do agrado do presenteado, embora tenhamos gostado, mas não é nosso gosto que deve contar quando vamos presentear alguém. Contudo, é por certas atitudes que tomamos, é que ocorrem os piores contratempos. Amamos um alguém que nos ama também. Claro que sempre iremos procurar nos agradar mutuamente, fazer tudo que sabemos que poderá dar satisfação um ao outro, mas nos esquecemos contudo, de procurar saber o que lhe desagrada. Certas atitudes que poderão causar aborrecimentos. Por exemplo, um casal cujo marido adora futebol, mas a esposa não suporta "ver aqueles 22 idiotas correndo atrás de uma bola", e seguindo sua opinião, porque não compram uma bola para cada um e solucionam o problema, o que não deixa de ter sua lógica... Acontece que ele não sabe de sua ojeriza, e ela não sabe que ele odeia as novelas que ela adora (às vezes é o contrário... é ela que gosta de futebol..). Sempre pode acontecer coisas "tipo assim", que pode acontecer quando não procuraram conversar sobre as coisas de que um gostava e o outro não. E está criada uma área de atrito. Na maioria dos casos a situação perdura durante anos, sempre as mágoas recolhidas, até que hora sem mais aquela, a represa estoura e tudo aquilo vem a tona. Geralmente essas discussões são fatais e nunca acabam bem, pois são mágoas que ficaram sendo curtidas por muitos anos, e quando explodem, podem ser ditas coisas muito desagradáveis e que teriam sido facilmente evitadas com um bom conhecimento sobre gostos pessoais... As pessoas deveriam sempre ter um diálogo prévio, procurando acertar arestas, tentando colocar em evidência sempre aquilo de que não gostamos, mais do que aquilo que nos agrada. Parece ser uma atitude antipática, mas é melhor descobrir-se logo quais são as "desafinidades" porventura existentes, para tentar desde o início um acerto. As afinidades serão descobertas com a convivência. Um amigo meu, muito romântico, sempre levava flores à sua namorada. Acontece que ela era alérgica a flores, mas não sabia como dizer a ele, que por sua vez, ao observar na visita seguinte que suas flores não estavam no vaso, ficava magoado. Resultado, o namoro terminou e eles ficaram cada qual mais triste que o outro porque se amavam. Felizmente houve uma terceira pessoa que, penalizada com a situação, explicou para ele o problema "florístico". Como resultado, casaram-se e vivem muito felizes. Claro que ele nunca mais comprou flores para ela. Só artificiais. E sem cheiro. Mas eles poderiam ter ficado separados e infelizes... Só porque não conhecia o que NÃO agradava à ela. Desmanchava-se em gentilezas, mas faltou-lhe sutileza para tentar saber porque as flores eram rejeitadas, e a ela, o ter esclarecido logo de cara seu problema, digamos, "olfatal". É simples acertar certos problemas... Basta dialogar...Vamos procurar fazê-lo? É assim que se explica porque certos relacionamentos duram durante toda uma vida, enquanto outros terminam de repente... Termino desejando UM LINDO DIA, pois acredito que salvo raríssimas exceções, todos desejam ter esse lindo dia, salvo se houver alguém alérgico à felicidade e à alegria... Se houver, favor manifestar-se...
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