Arquivo MAMM | |
Em 1965 quando a Escola Henrique Botelho mudou da Rua da Praia para a Vila Sapo, atual Vila Amélia [em São Sebastião (SP)], eu fui uma das alunas que inaugurou o novo prédio na Rua Caraguatatuba. Começava ali uma história que hoje já é comum para nós, as melhores escolas estão na Vila Amélia. Também foram aqui as primeiras escolas particulares a Tia Mariza e depois o Dom Peixito que com o tempo se transformou no Objetivo. Está ali também a primeira Faculdade de São Sebastião a FASS. A Escola Henrique Botelho, passou a ter nova sede mas eu ainda me confundo quando vou falar os nomes, pois agora a Escola Maísa Theodoro da Silva também acabou vindo para cá e ocupa aquele antigo prédio da rua Caraguatatuba. No primeiro turno das eleições, encontrei alguns antigos alunos no Henrique Botelho e rolou um saudosismo, não teve jeito, quantas lembranças boas! As escolas municipais foram construídas depois da década de noventa a EM Machado Rosa e a EMEI Emília Pinder (Peteleco), as novas gerações ocupam agora esse espaço. Nem sei quantas vezes estive nessas escolas levando as poesias da minha mãe ou falando sobre um livro que eu escrevi. Para mim é um prazer encontrar nos olhares das crianças a menina que eu fui. Há uma alegria nas escolas que me remetem as letras das inesquecíveis músicas que a Dona Verena de Oliveira Dória tocava diariamente no seu piano para os alunos: “Um pequeno colibri com ternura e amor o seu ninho foi fazer na roseira em for E voava no jardim para procurar folhas secas e capim para o ninho terminar Sempre sem parar todo dia a trabalhar sempre sem cessar para os filhos abrigar”.
Nota do Editor: Maria Angélica de Moura Miranda é jornalista, foi Diretora do Jornal "O CANAL" de 1986 à 1996, quando também fazia reportagens para jornais do Vale do Paraíba. Escritora e pesquisadora de literatura do Litoral Norte, realiza desde 1993 o "Encontro Regional de Autores".
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