É importante procurarmos, ao final de cada dia, realizarmos um bom exame de consciência para avaliarmos em que nos aprimoramos, no que nos avacalhamos e, é claro, em que medida fizemos uma e outra coisa. Para fazermos um bom exame de consciência é preciso que levantemos algumas perguntas que, necessariamente, nós mesmos teremos que respondê-las. Muitas são as perguntas que podemos realizar a nós mesmos para analisarmos a nossa pessoinha e, de todas elas, creio que duas não podem, de jeito maneira, serem colocadas para escanteio. A primeira, que deveríamos levantar, no silêncio do nosso coração, ao final de todo santo dia, seria: o que eu aprendi hoje? Ao fazermos essa perguntinha é importante que tenhamos um pequeno caderno para anotarmos em suas páginas o que foi aprendido por nós, como se esse fosse um “diário”, ou um “livro-caixa”. A segunda questão: o que eu deixei de aprender hoje? Essa danada, se devidamente meditada, irá nos apresentar os inúmeros subterfúgios que nós criamos para fugir do conhecimento e da responsabilidade que vem junto com ele. E, é claro, ao refletirmos sobre essa segunda pergunta, também devemos tomar nota em nosso “livro-caixa” do saber para, ao final do ano, verificarmos o quanto aprendemos e, principalmente, o quanto deixamos de aprender. E é aí, meu bom amigo, que a porca vai torcer o rabo, porque corremos o risco de descobrir que o resultado pode ser zero, ou menos que isso. Crônica falada.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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