Virou ditado popular: “Com Deus não se brinca”, mesmo quando, orgulhosamente, algum confesso ateu chegue a dizer, irado ou não, que Ele não existe, ou pior, que não acredita n’Ele ou O leva ao desdém. Deus não odeia, apenas ama. Não poderia ser diferente, é a fonte inesgotável do amor ou o próprio absoluto Amor. Quantas vezes ofendido por blasfêmias, perdoa o blasfemo; e, se por violência, dá a outra face sem algum traço de vingança ao violento ofensor. Isso está nos misteriosos, mas compreensíveis, desígnios do livre arbítrio, da plena liberdade humana, de inclusive poder mentir para simplesmente agredir ou atacar o outro, por algum leviano motivo, sem alguma razão naquilo que alega, à ufa do ódio e de mendazes afirmações: perfídias e deslealdades. Nesse sentido, tudo acontece sobretudo pela liberdade que, inesgotável, é-nos dada por Ele. Nesse contexto, Deus não segura a mão de quem apunhala. Que valor teria, eticamente, não apunhalar? O livre arbítrio ou a plena liberdade, a quem tem consciência desse dom de Deus, também suscita decisivas questões: Devo ou não devo mentir, odiar e matar? Mas quando a maldade humana é extremamente forte e tentadora, cometem-se tais crimes, até contra pais e irmãos. Deixando a arma de lado, facilmente se ofende também com atos e palavras... Outra violência é achar que tudo isso, que aliás sempre ocorreu, é piegas e corriqueiro, afetado ou normal. Nesse contexto, também se encontra a liberdade de escolha, que vem sendo ultrajada. Se possível dialogue com seus solilóquios, encontre-se com a sua verdade interior, há, nessa realidade, revelações que, sem serem buscadas, escondem-se, quando precisamos de vê-las nuas e cruas. Assim, nesses caminhos, surge o que não se impõe: a liberdade de escolha. Nada se decide, para agir, fazer, comprar, dar, sem se recorrer a um processo de escolha, como filosofa Platão, na República, sobre a responsabilidade das escolhas. Exceto se formos submetidos a uma imposição, isto é, à falta de uma possível escolha. Reflita: Quais as coisas da vida o caro leitor ou leitora não escolheu e deu certo com elas? Se isso ocorreu para fazer ou adquirir as mais desnecessárias coisas, também nessas eleições, situação atual e oportuna, infestada de candidatos, e graças a Deus, devemos exercer a responsabilidade cívica de compará-los; avaliar a sua sinceridade na sua fala; a firmeza e a serenidade dos seus olhos a nos dirigir palavras sobre si, fatos e outros. Verifique, com uma lupa, o histórico de vida pública dele ou dela; averígue o que já prometeu e não cumpriu, e a fazer e não fez; principalmente se até na vida particular sucede conduta ilibada. Sem essa necessária comparação, jamais acontecerá uma boa escolha para a seriíssima finalidade à qual estaremos votando, se desejamos e queremos bem comum, bem-estar do povo, do estado, do país e uma sã democracia. Se, no dia a dia, comparamos as coisas grandes às pequenas ou as pequenas às grandes, esta é a maior: o possível sucesso ou o exitoso trabalho dos nossos representantes e dos nossos governantes para os serviços e coisas públicas, e aperfeiçoamento da nossa vida política.
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