Com o início da pandemia, a vida deu um susto na gente, estagnou, paralisou. Minha irmã e eu tínhamos comprado passagens para um passeio a São Paulo. Voos cancelados, aeroportos inoperantes, a viagem mixou. A pandemia acabou? Continua aí, embora a vida tenha decidido seguir em frente. Seria o novo normal adequado aos novos padrões de viver? Talvez. O fato é que quando a gente menos esperava, a companhia aérea enviou um comunicado dizendo que poderíamos remarcar a viagem. Exultantes, batemos palmas para nosso passeio ressuscitado e, cheias de planos, decidimos que remarcaríamos para o fim do ano. No dia seguinte, minha irmã, totalmente desolada, encaminhou-me outro e-mail da companhia. Ali dizia que não havíamos solicitado nova data dentro do prazo estipulado, portanto... Adeus, São Paulo! Para nossa surpresa, o e-mail ressaltava que as passagens deveriam ter sido remarcadas antes do dia 30 e não até o dia 30 do mês. Pois é! Que diferença faz um até! Vacilou, não entendeu? Dormiu no ponto, perdeu!
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