Gosto de roupas roupas novas e bonitas folgadas e confortáveis até mesmo caras demais para o pouco que possuo mas gosto ainda mais das roupas velhas minhas velhas roupas já quase rasgadas mesmo descosturadas tronchas e tortas mas que são carícias quando me abraçam e não querem mais sair do meu corpo minhas roupas velhas são como aquele pé um pé de laranja lima que fez o menino chorar quando sumiu de seu quintal e o meu quintal tem varal onde minhas roupas velhas se estendem desajeitadas querendo logo me vestir me abraçar e me amar. Nota do Editor: Rangel Alves da Costa é poeta e cronista. Mantém o blog Ser tão / Sertão (blograngel-sertao.blogspot.com.br).
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