Meu tino não é combinar nenhum acorde, tampouco decodificar o tom de cada criação, e sim certificar a todos que, embora o mundo esteja ruindo, por falta de bom senso de cada sujeito, é preciso apreciar a vida pela ótica da criação poética - na qual a morte e a realidade são destroçadas pelo olhar sensível do seu criador. Enquanto literato, amador, consigo constatar que nenhuma tragédia - de ordem natural ou provocativa - seja suficientemente capaz de paralisar o mundo. No entanto, nem sempre a combinação dos acordes permite uma cadência melódica (e criativa) de alguns baques da vida. É necessário, muitas vezes, reinventar-se no meio de um caos anunciado aquele que torna o ser pertencente a sua própria história. Ao contrário da concepção alheia, não me considero um compositor nato, nem um escritor renomado, sequer um nobre letrado. Não obstante, nessas quase quatro décadas de vida, o drama tem sido meu “pano de fundo” para viver neste mundo desumano (ególatra), onde o descaso (a indiferença) dizimando milhares de indivíduos da insegurança alimentar à falta de perspectiva futura. Nos dias de hoje, além dos entraves do quotidiano, vivencia-se uma era onde o ser humano, na sua totalidade perde-se a vontade de viver, em razão dos últimos acontecimentos: aumento exacerbado de alimentos; retorno de certas doenças erradicadas, crise energética e, além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia. Apesar disso, o espetáculo do mundo está em aberto, depende de MIM, de VOCÊ e de TANTOS OUTROS MILHARES de brasileiros. O que me mantém ativo, no centro desta barbárie, é o poder que a EDUCAÇÃO exerce com a finalidade de alterar o percurso de uma civilização, graças aos “profetas” que lecionam arduamente. Caso contrário, estaríamos num colapso maior. Assim, não espere, do seu dia subsequente, uma resposta única para todos os seus (e de ninguém) imbróglios. Entretanto, acredite piedosamente na sua intuição em analisar o HOJE por múltiplos ângulos, a fim de viabilizar o melhor após o pior. Nota do Editor: Leandro Silva é professor; pedagogo e especialista em Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional.
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