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Opinião
13/04/2022 - 06h18
Saber e não aplicar é o mesmo que não saber
Fábio Lima
 

Aquelas grandes ou pequenas ideias, que iniciam um negócio ou empreendimento nascem de identificação de uma necessidade, ou mitigar uma dor ou trazer alguma satisfação, todo produto e serviço comercializado e oferecido tem, no fundo, estes dois vieses.

Quando um conceito surge de forma revolucionária ou “disruptiva”, haverá um grupo que vai incentivar. Outro vai dizer que não vai dar certo. Poderíamos aqui fazer o paralelo de mentalidade fixa e mentalidade de crescimento, ou excesso de dúvida, falta de fé ou otimismo, ou pessimismo em excesso.

Seja qual for a ancoragem usada para duvidar ou impulsionar a realização de uma ideia, abordando apenas o ponto de vista de empresas e negócios, pode-se dizer que “sonho é sonhado sozinho e realizado em grupo”, ou seja, para tirar a ideia da cabeça para o papel, é necessário o envolvimento de mais pessoas e recursos.

É transformando ideias em algo verdadeiramente palpável e factível que nascem as empresas. E não se engane de achar que são somente negócios da área de tecnologia, é qualquer empreendimento que traga inovação.

Aliás, com o advento da tecnologia, as ideias podem ser testadas mais rapidamente e validadas em planos de negócios cada vez assertivos, ou mesmo, como a maioria dos empreendedores faz, por tentativa e erro. Considerando este modelo, mesmo com suporte, 50% das startups não passam de cinco anos de operação.

Se apenas metade das startups sobreviver mais de cinco anos e apenas um terço chegar a 10 anos, o que poderia diferenciar uma empresa fadada a morte de uma com crescimento sustentável?

Além de um bom plano de negócio e suporte de especialistas, criar e seguir uma estratégia de crescimento é o inicio de uma melhor perspectiva de futuro, com visão clara e direcionamentos, alinhados a uma plano de gestão para garantir o alcance das metas.

Boa parte dos executivos, empresários e empreendedores já sabem disso tudo, e por que será que não praticam e colocam em prática? Uma lista com centenas de fatores poderia ser citada, porém, vale destacar apenas um: “a mentalidade do empresário”.

Se ele não acredita que pode ser ajudado, não irá ser; se não acredita em planejamento, não ira fazer; e se fizer, não vai seguir adiante, seja por medos e traumas de experiências anteriores, ou muitas vezes por ter mais pressa em testar e ter resultados, por depender financeiramente e mentalmente de resultado imediato.

Desenvolver uma estratégia de crescimento não é um processo único e simples. De fato, devido às mudanças nas condições do mercado vários fatores precisam ser ponderados e respeitados. Uma estratégia de crescimento envolve mais do que simplesmente imaginar o sucesso no longo prazo. Envolve pesquisa, simulações, testes, feedbacks, aplicações, correções de rotas, em todas as áreas da empresa.

Agir para ter, aplicar e adaptar o plano de gestão e alinha a estratégia empresarial vai suavizar as ineficiências da empresa, refinar e potencializar os pontos fortes, mitigar os pontos fracos e impeditivos de prosperar o negócio, além de permitir uma melhor adequação ao mercado e a clientes, propiciando maior possibilidade de sucesso empresarial.

Ao utilizar as estratégias de crescimento empresarial adequadas para mercado, é possível estimular vendas, gerar demanda e aumentar o seu faturamento. Por isso, saber fazer uma empresa crescer de forma sustentável e segura é um processo que leva tempo e exige dedicação, calma, paciência, empenho, muita ação e perseverança, só fortalecidos quando há um verdadeiro e claro objetivo.


Nota do Editor: Fábio Lima é consultor e mentor especialista em gestão empresarial, CEO da LCC - Light Consulting e Coaching (www.lightconsulting.com.br).

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