Sempre tive dificuldades com o Português, notadamente com a gramática. Tinha quase pavor das dissertações, descrições, ditados e até da leitura em voz alta (além da péssima dicção, eu não conseguia fazer os breques exigidos pelos pontos e pelas vírgulas, lia direto que nem cantiga de grilo). Naquela época eu também era fraco em Matemática (que se chamava Aritmética), mas preferia ela ao Português. Por isso, hoje, me pego rindo porque mesmo continuando ruim na gramática, adquiri o prazer (que virou vício) da escrita, mesmo só conseguindo cometer textos capengas e acanhados e versos de pé quebrado. Escrevo como falo. É o meu estilo. Escrever é o meu lazer de véio cansado de guerra. Adoro o que disse Eduardo Galeano sobre a escrita: "Escrever é a única coisa que consigo mais ou menos. Então eu não vou viver sem escrever. Porque além do mais, eu gosto. Para mim não é um suplício escrever. Escrever é uma festa". Bingo. Inté.
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