Minha mãe, Beatriz Puertas de Moura, ficou viúva em 1969 e foi trabalhar na área da saúde. Trabalhou com o Dr Carlos Alberto Câmara Leal de Oliveira e depois no Hospital de Clínicas de São Sebastião (SP), onde se aposentou. Quando chegava em casa entrava pela porta dos fundos e deixava o sapato por lá, lavava as mãos e o rosto com sabão e colocava a roupa de molho num balde. Isso por que naquela época tínhamos hepatite, tuberculose e outras doenças transmissíveis sendo atendida no hospital. Com o tempo criei esse mesmo hábito, cobrei dos meus filhos e de quem trabalhava na minha casa esse tipo de atitude. Era considerada chata! Agora em 2020 todas as pessoas tiveram que aprender os protocolos de higiene básica. Meu neto Joaquim falou: - Não é que a vó Maria já fazia tudo isso???
Nota do Editor: Maria Angélica de Moura Miranda é jornalista, foi Diretora do Jornal "O CANAL" de 1986 à 1996, quando também fazia reportagens para jornais do Vale do Paraíba. Escritora e pesquisadora de literatura do Litoral Norte, realiza desde 1993 o "Encontro Regional de Autores".
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