Bem menina ainda, eu ia com Dona Maria do Seu Acácio à casa de sua cunhada, Dona Lia do Joaquim Braga. Foi lá na cozinha da Lia, que vi pela primeira vez o Filtro Fiel. Nunca mais o esqueci, porque além do nome bonito, ele marcava presença naquela cozinha impecável de chão reluzente e bem cuidado. Não sei por que, achei que o Filtro Fiel trazia em si uma imponência, uma elegância que impressionavam. Eu tinha certeza: a água daquele filtro era muito mais gostosa que todas as águas do mundo!

O tempo passou, o Filtro Fiel saiu de linha. Em seu lugar, vieram os filtros acoplados às torneiras, os modernos purificadores, as águas engarrafadas e seus suportes decorativos. Mas nada se compara à magnitude do Filtro Fiel. Hoje, depois de muitos e muitos anos, fiquei cara a cara com o Filtro Fiel. Ele está na cozinha de uma amiga e há mais de cem anos é fiel à família. Sou curiosa e pedi para entendê-lo peça por peça. O sistema de filtragem é genial. A água, colocada numa bacia de pedra - que não tem orifício algum - vai “suando” através das espessas paredes. Depois de gotejar lentamente, ela cai no recipiente de armazenamento. Qual é a chance de restar alguma impureza naquela água? Nenhuma!

"Filtre a vossa água, veículo de graves doenças e origens de grandes males", assim dizia a propaganda do Fiel, em 1918. Ele fez história, ele fez sucesso num tempo em que água filtrada era artigo de luxo. Aparo um copo da água do Filtro Fiel em 2021. Provo e aprovo. Dá pra sentir o gosto totalmente refinado, apurado na rara filtragem. Olho-o no seu canto, depois de cem anos, funcionando perfeitamente. Incrível! Só resta dizer: sim, esse é Fiel!