Penso que grande parte das pessoas escolhem seus parceiros com base em afinidades, identidade de opiniões, mesmas ideias, idem religião, enfim semelhanças em tudo. Certo? Completamente errado. Isso pode até dar certo durante um curto período, mas logo advém o tédio. Não há o contraditório, o tempero do amor e alicerce são convivência. Sem isso a relação vira repartição pública, assina-se o ponto e priu. Acaba o amor, a relação se desfaz e a vida continua um inferno de chatice. O amor precisa do contraditório. Tinha razão Clarice Lispector quando revelou que passou por esse problema: "Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente". Acertou na mosca. Talvez tarde. Mas acertou. Inté.
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