Um bom texto é aquele que alicia pelo título - daqueles que dizem tudo, sem dizer o resto. Passando para a entrada, que esta seja instigante, nos fazendo ter vontade de esperar pelo o que vem pela frente. Primeiros parágrafos, por favor não deem as cartas! Do contrário, que motivos teríamos para ir até o final? Havendo personagens, que sejam apresentados logo de início, para que se tornem íntimos e a gente converse como bons amigos. Boa argumentação, boa descrição, coesão e coerência também fazem parte da festa, é claro! No mais, linguagem limpa, concisa e sem pretensão: nada mais desmotivador que não entender o que (não) quiseram nos contar. Vocabulário que não desestimule, mas que provoque e não seja raso: a língua merece todo o nosso carinho! Um texto que encante tem que ser elástico, sem soltar o fio da meada. Tudo bem casadinho, fazendo a gente tomar fôlego para o desfecho. E que o desfecho venha quente, porque com certeza a gente já estará fervendo. Desenlace? Fatal, sem economia para o impacto. E se ao fim da última linha a gente tira os olhos do papel, balança a cabeça e olha o ar com cara de espanto, então é certeza: o texto calçou feito luva. É memória para não mais se esquecer. Está guardado.
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