Imagino, que tudo que aprendi na vida se enquadra na filosofia de Charlie Chaplin; acreditava ele ser a vida uma peça de teatro que não permite ensaios. Para tanto se faz necessário cantar, chorar, dançar, rir, enfim, viver intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. Também, não sou de buscar no passado os meus acertos e desacertos, o que aprendi ou deixei de aprender. Alguém já falou vasculhar o passado é como penetrar num imenso sistema de cavernas dispondo apenas de velas para iluminar o caminho. Quanto mais profundamente o explorador se aventura nas suas câmaras e na ramificação infinita dos seus túneis, tanto mais se apercebe da escuridão que envolve a sua minúscula auréola de luz. Dai... Viver é só não complicar, pular etapas, não desfiar rosário de amarguras, sentir-se livre, parecer bonitinha, mas não ordinária, manter um sorriso largo, exibindo a brancura dos dentes, para tanto ter a sua própria pasta e espremê-la onde bem quiser: começo, meio e final. E lembre-se: la vie est une fête.
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