Adoro futebol. Sempre assisto jogos pela tevê. É um dos meus lazeres nesta pandemia. Anoto os dias e horários dos jogos e, na hora marcada, poke!, ligo o aparelho e assisto. Mas, não riam, tem um detalhe que muitos vão estranhar: desligo o som, a tevê fica muda. Chose de loque? Não. É que não aguento as besteiras e absurdos dos locutores e comentaristas. Nem as entrevistas dos jogadores e técnicos. Mesa redonda sobre futebol? Nem pensar. Não, não condeno quem gosta de assistir aos jogos ouvindo as besteiras. É um direito. Mas é um direito meu não ouvir, desligar o som, afinal se estou vendo o jogo para que ouvir alguém narrando ou comentando afirmando besteiras e obviedades? Confesso algo: há mais de dez anos que não ouço a voz de Babão Bueno. A zoada que gostava de ouvir era quando frequentava o estádio, a zoada da torcida, vaiando até minuto de silêncio. Hoje está a meia bomba, e na tevê não é a mesma coisa. É o juiz apitando o final da partida e eu desligando a tevê. Não me interessa mais nada. Sou ainda torcedor do Sport, Botafogo, Santos e Cruzeiro. Mas sem me rasgar. Torcedor sou mais do futebol arte que hoje é raridade. Inté.
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