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Medicina e Saúde
14/06/2021 - 06h03
Crianças com astigmatismo não devem coçar os olhos
 
 
O hábito pode deformar a córnea e levar ao ceratocone

Muitas crianças, ou até mesmo adultos, têm o hábito de coçar os olhos. Porém, esse costume é muito perigoso para quem tem astigmatismo, o erro refrativo mais comum na infância. A ameaça está ligada ao fato de que coçar os olhos pode aumentar o grau do astigmatismo e evoluir para uma doença grave, chamada ceratocone. O tratamento pode demandar até mesmo um transplante de córnea.

Segundo a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, o astigmatismo é um dos quatro erros refrativos, sendo o mais prevalente na infância. No primeiro ano de vida, de 15 a 30% das crianças podem apresentar algum grau de astigmatismo. Contudo, na maioria dos casos, não é preciso o uso de lentes corretivas nessa fase.

“Quem tem astigmatismo apresenta dificuldade para enxergar de longe e de perto. A visão fica distorcida e borrada. Isso ocorre devido ao formato irregular da córnea ou do cristalino. Em pessoas com visão normal, a córnea é redonda. No astigmatismo, a córnea é mais ovalada, semelhante ao formato de uma bola de futebol americano, por exemplo”.

“Essa alteração no formato da córnea faz com que os raios de luz captados pelo olho se espalhem na retina ao em vez de atingirem apenas um ponto focal. Como resultado, a imagem fica embaçada e distorcida, tanto para perto quanto para longe”, explica Dra. Marcela.

Nunca está sozinho

O astigmatismo, quando comparado aos outros erros refrativos, como miopia e hipermetropia, é mais complexo. Isso porque há muitos tipos de astigmatismo. Contudo, a classificação não faz diferença no tratamento, que é feito com o uso de óculos.

Normalmente, o astigmatismo aparece acompanhado de outros erros refrativos. Isso quer dizer que a criança pode ter miopia e astigmatismo, ou astigmatismo e hipermetropia, por exemplo.

Sinais e sintomas

Os sintomas do astigmatismo variam de pessoa para pessoa. Todavia, na infância, existem algumas particularidades quando o assunto é um erro refrativo.

“Como o desenvolvimento visual ocorre fora do útero, a criança não tem consciência do que é enxergar bem ou mal. Além disso, o mundo dos bebês e das crianças menores é de perto. Com isso, é provável que apenas as crianças maiores comecem a perceber dificuldades para enxergar”, ressalta Dra. Marcela.

Fique atento se a criança reclamar de:

• Visão borrada

• Cansaço visual

• Dores de cabeça, principalmente depois atividades como leituras e uso do computador

• Dificuldade para enxergar de longe e de perto

Genética conta

Grande parte dos casos de astigmatismo é causada pela herança genética. Pais com astigmatismo devem ficar atentos. A recomendação é levar a criança para uma primeira consulta com um oftalmopediatra ainda no primeiro ano de vida.

Dra. Marcela explica que o mais comum é diagnosticar o astigmatismo na idade pré-escolar. “Isso acontece porque é nessa fase que a criança começa a apresentar problemas de aprendizagem ou outras dificuldades nos estudos, bem como consegue expressar dificuldades para enxergar”.

Diagnóstico precoce

O oftalmopediatra é capaz de diagnosticar clinicamente o astigmatismo, na consulta habitual, mesmo em bebês. O tratamento do astigmatismo é simples, feito com o uso de óculos.

“Entretanto, como as crianças crescem, o formato da córnea pode mudar e alterar o grau, para mais ou para menos. Além disso, em muitos casos, o astigmatismo pode estar acompanhado da miopia ou da hipermetropia. Portanto, o acompanhamento oftalmológico deve ser contínuo durante a infância e adolescência”, reforça Dra. Marcela.

Prevenção do ceratocone

O astigmatismo não pode ser prevenido. O indicado é levar a criança no primeiro ano de vida para uma consulta de rotina com o oftalmopediatra. As crianças com o diagnóstico não devem adquirir o hábito de coçar os olhos, devido ao risco de desenvolver o ceratocone.

“No ceratocone, a córnea ganha um formato de cone. Daí o nome “ceratocone”. Essa nova forma da córnea resulta em um astigmatismo irregular, que reduz, significativamente, a acuidade visual. Conforme a doença progride, se não houver tratamento, pode haver a necessidade de transplante de córnea”, alerta Dra. Marcela.

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