O avanço da ciência proporciona impactos para a nossa vida todos os dias. Diversas pesquisas exploram o uso de novas matérias-primas que possam substituir com eficiência materiais como plástico, tijolo, ferro, borracha etc., com a vantagem de serem biodegradáveis, com custo mais baixo e sem impacto ambiental. Pois são essas as características do material produzido à base de fungos por pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. No caso deste insumo, a expectativa é de que ele possa substituir plásticos, poliestireno expandido e outros materiais amplamente utilizados na construção civil, mas cuja produção envolve danos ao meio ambiente. O fungo é “alimentado” dentro de moldes com materiais orgânicos como talos, bagaços e cascas. Quando ocupa todo o espaço desses moldes, ele é inativado, passando a ter uma utilização 100% segura. Algumas propriedades do produto chamam a atenção para as necessidades da construção civil. De acordo com os pesquisadores, o material é durável, leve, e mostra boa resistência ao calor e à umidade, além de alta capacidade de retenção acústica. Diretor comercial da empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito, Renato Las Casas vê com entusiasmo a pesquisa para a produção de um material à base de fungos, além de outros estudos que já contribuíram para o setor. “Existem muitas pesquisas que resultam em avanços para a construção civil. E ainda há quem duvide da aplicabilidade desses materiais inovadores, mas os tijolos ecológicos, o ecogranito e o bioconcreto estão aí, à disposição no mercado, sendo utilizados em larga escala”, explica Renato Las Casas. “A ideia nem sempre é de substituir totalmente o que já existe, mas ampliar o leque de produtos com grande potencial para a construção, obedecendo ao gosto e aos custos de quem quer levantar um empreendimento”, esclarece Las Casas.
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